Portugal excluído. Como é que o Reino Unido decide quem entra e quem sai dos corredores verdes?

País não revela patamares, mas tem em vigor um sistema de análise que avalia diferentes fatores. Na avaliação de hoje, a única garantia para já é que não vai entrar mais nenhum país no corredor verde, que dispensa britânicos de quarentena. A dúvida é se Portugal sai.

Mais uma avaliação, mais uma dose de expectativa em torno dos corredores turísticos de Inglaterra. O sistema de semáforos inglês, que divide os países em três categorias – lista vermelha, lista âmbar e lista verde – entrou em vigor a 17 de maio. Na altura, Portugal foi o único país europeu a ingressar nos corredores verdes de Inglaterra, passando os ingleses a estar dispensados de fazer uma quarentena de 10 dias no regresso. Esta quinta-feira é esperada uma nova atualização e a imprensa britânica avançou que a situação nacional está em reavaliação. Entretanto a BBC noticia que a decisão está fechada e que Portugal sairá mesmo da lista, depois de esta manhã o ministro da Saúde inglês ter confirmado apenas que não haverá novas entradas nos corredores verdes. Mas quais são mesmo os critérios ingleses? Os patamares de incidência não estão fixados nem foram tornados públicos. O Governo britânico publicou no entanto em maio a metodologia de avaliação, que é feita país a país e segundo vários fatores, da incidência à transmissibilidade, passando pela exportação de novas variantes.

Nesta página é possível consultar a informação pública disponível. Segundo o Governo britânico, a avaliação, a cargo do Joint Biosecurity Centre (JBC), assenta em quatro dimensões e tem conta os resultados de testagem à chegada, nomeadamente quantas pessoas testam positivo após o regresso de cada país. Após o parecer deste organismo, o Governo toma decisões.

Na avaliação em que Portugal entrou na lista verde britânica, com base no histórico de casos entre 26 de março e 22 de abril, tinham sido testadas 501 pessoas após o regresso de Portugal, dos quais 3 estavam infetados, uma positividade de 0,6%.

"Temos que proteger o progresso que fizemos aqui em casa e, ao mesmo tempo, permitir viagens quando for seguro. Temos que seguir os dados", afirmou esta quinta-feira o ministro da Saúde inglês, Matt Hancock, citado pela BBC. 

Notícia atualizada às 13h50.