Casas. Escassez de imóveis nos centros urbanos mantém preços elevados

Mesmo com pandemia e efeitos do turismo, preços continuam a subir, revela a consultora imobiliária Imovendo.

A escassez de imóveis nos grandes centros urbanos nacionais está a manter muito elevados os preços das casas – especialmente os apartamentos, revela a consultora imobiliária Imovendo, no seu relatório regional de maio.

“A pouca oferta de produtos, pressionada pela grande procura por imóveis de classe média e média-baixa, manterão os preços altos, já que as moradias não se apresentam como alternativa, pois o preço já é naturalmente elevado e a localização periférica não atende aos interessados”, explica Nélio Leão, CEO da Imovendo.

A consultora dá um particular destaque ao distrito de Faro, que mesmo com as dificuldades económicas sentidas com a ausência do turismo no Algarve, os asking prices não evidenciam sinais de arrefecimento para os apartamentos e moradias.

Segundo a Imovendo, em 10 dos 16 municípios que compõem o distrito, os preços de divulgação de apartamentos em abril deste ano estiveram entre os 200 mil euros e os 400 mil euros, valores que são superiores aos observados em média em abril do ano passado.

Já no segmento de moradias, a tendência é ainda mais evidente, uma vez que em 13 dos 16 municípios a variação homóloga dos preços anunciados é positiva, com ofertas que chegam a superar os 750 mil euros.

“Como efeito colateral, os altos preços favoreceram o aumento do tempo médio de divulgação dos imóveis, mas apesar disso, comprovam a confiança na recuperação da economia e a atratividade do sul do país”, conclui o responsável.