Protesto do Movimento Zero muda-se para MAI e PSP faz queixa no MP

Segundo o Comando Metropolitano de Lisboa, a manifestação estava autorizada apenas para ser realizada junto do Parlamento. 

A manifestação do Movimento Zero, dos elementos das forças de segurança, saiu do Parlamento, esta segunda-feira à tarde, para se alocar no Ministério da Administração Interna (MAI), onde estava montado um forte dispositivo policial e proteções com grades.

Pelo facto de terem mudado de local, o Comando Metropolitano de Lisboa vai apresentar queixa ao Ministério Público, dado que a manifestação estava autorizada apenas para ser realizada junto do Parlamento, indica a agência Lusa.

Centenas de protestantes do Movimento Zero saíram do Parlamento cerca das 16h30, passando pela avenida 24 de Julho, onde a polícia cortou o trânsito, e passados 45 minutos, chegaram ao Ministério da Administração Interna, na Praça do Comércio.

Durante o caminho, os elementos das forças de segurança gritaram palavras de ordem com “Zero”, “Cabrita Rua”, referindo-se ao ministro da Administração Interna, que foi mencionado várias vezes ao longo da manifestação.

Contudo, antes de chegar à Praça do Comércio, o Movimento Zero já tinha abandonado uma primeira vez a concentração perto do Parlamento, no início da tarde, alegadamente em direção ao Ministério, mas recuou a meio do percurso.

No regresso ao Parlamento, o protesto ainda tentou subir a calçada da Estrela, porém foi barrado por elementos do Corpo de Intervenção pelas equipas de intervenção permanente.

Muitos manifestantes tinham vestido os polos de serviço, nomeadamente da PSP, tendo-os retirados para voltar a usar as camisolas pretas ou brancas do Movimento Zero.

O Movimento Zero reuniu centenas de polícias, esta segunda-feira, em frente à Assembleia da República para exigir a atribuição de subsídio de risco, que o Governo prometeu entregar até ao final do mês de junho, e a atualização salarial.

Este movimento inorgânico, que surgiu nas redes sociais, uniu elementos da PSP e da GNR através do lema “hora de agir – unidos somos a tempestade que os atormenta!”.

Na concentração também estiveram alguns dirigentes dos sindicatos menos representativos da PSP.