Portugal tem “capacidade financeira” para acolher “centenas” de refugiados afegãos, reforça Eduardo Cabrita

Horas depois de a ministra da Presidência afirmar que Portugal podia acolher cerca de 400 afegãos. O ministro da Administração Interna diz que este número poderá ir “além disso”. O país tem como prioridade mulheres, crianças, ativistas de direitos humanos e jornalistas.

Portugal tem capacidade financeira para acolher “na casa das centenas” de refugiados afegãos, priorizando mulheres, crianças, ativistas e jornalistas, afirmou o ministro da Administração Interna, esta terça-feira.

"Em Portugal temos capacidade financeira, no âmbito do Fundo Asilo e Migração gerido pelo Ministério da Administração Interna, para acolher, com os atuais recursos, pessoas na casa das centenas", declarou Eduardo Cabrita à imprensa portuguesa após o final de uma reunião dos ministros do Interior da União Europeia (UE) sobre o Afeganistão.

O governante indicou que esta é “uma questão de gestão de recursos”, ao apontar que “as prioridades de Portugal estão definidas” e serão receber pessoas dos grupos mais vulneráveis ao regime dos talibãs, tais como “mulheres, designadamente mulheres magistrada, crianças, ativistas de direitos humanos e jornalistas”.

De notar que nesta tarde, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, referiu que o país pode acolher um total de 400 pessoas. Horas depois, Eduardo Cabrita revelou que o número pode ir “um pouco além disso”, porém rejeitou apontar uma quantia, reforçando antes "a capacidade para assumir essa responsabilidade na casa das centenas".

Neste momento, Portugal, "com o grupo [de 18 pessoas de três famílias] que chegou hoje a Lisboa” tem 84 cidadãos afegãos que começaram a chegar desde sexta-feira em vários grupos, confirmou Eduardo Cabrita aos jornalistas.

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