Preços das casas crescem 6,6% no segundo trimestre

De abril a junho foram transacionadas 52855 habitações, segundo dados do INE.

Depois de uma subida de 3% no início deste ano, os dados do Instituto Nacional de Estatística voltam a mostrar um crescimento nos preços das casas que ficaram 6,6% mais caras no segundo trimestre deste ano.

Os dados divulgados esta quarta-feira mostram que os preços das habitações novas aumentaram a um ritmo superior ao das habitações existentes, 6,9% e 6,5%, respetivamente.

De abril a junho, foram transacionadas 52855 habitações, um número superior em 58,3% face ao mesmo período do ano passado. O gabinete de estatística explica que este aumento “expressivo” está relacionado, em parte, com “um efeito de base dado que a comparação homóloga incide nos meses de abril a junho de 2020, período caracterizado por restrições significativas sobre a atividade económica em consequência das medidas de contenção da pandemia covid-19 que implicaram o número (e valor) mais baixo de transações desde o 3º trimestre de 2016”.

Por meses, o aumento do número de transações fixou-se em 75,1%, em abril, reduzindo-se para pouco mais de 50% nos dois meses seguintes. Em valor, no trimestre de referência, as habitações transacionadas contabilizaram aproximadamente 8,6 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 66,5% em termos homólogos.

Diz ainda o gabinete de estatística que abril foi o mês com o crescimento mais expressivo, com uma taxa de variação homóloga de 72,4%, seguindo-se junho e maio com variações de 64,3% e 63,9%, respetivamente.

No que diz respeito às regiões, neste período foram transacionadas 17454 habitações na Área Metropolitana de Lisboa, região que concentrou 33% do total das transações, menos 2,1 p.p. face ao período homólogo.

No Norte foram registadas 14830 transações, correspondendo a 28,1% do total. “Após um período de quatro trimestres consecutivos de incrementos, o Norte registou uma redução de 0,6 p.p. na respetiva quota regional”, diz o INE.

Já o Centro, com 10763 transações foi a região com o maior incremento de peso relativo, mais 1,3 p.p., perfazendo 20,4% do total. Algarve e Alentejo apresentaram registos muito próximos do número de transações, 4020 e 3834, respetivamente, aos quais corresponderam pesos relativos de 7,6% e 7,3%, pela mesma ordem.

As transações de alojamentos na Região Autónoma da Madeira ascenderam a 1 131 unidades, 2,1% do total (+0,5 p.p. em termos homólogos). Na Região Autónoma dos Açores contabilizaram-se 823 transações e uma redução de 0,1 p.p. no respetivo peso relativo, fixado em 1,6%.