Marcelo Rebelo de Sousa apresentou as condolências à família do escritor Cristóvão de Aguiar, tal como se lê no site da Presidência da República, evocando-o da seguinte forma:
"Açoriano de São Miguel, estudou Filologia Germânica em Coimbra, e nessa mesma universidade foi leitor de Língua Inglesa. Redator e colaborador da revista Vértice, publicou coletâneas de poemas, ensaios e livros de ficção, dando nos seus romances, como a trilogia “Raiz Comovida”, testemunho das comunidades açorianas, da emigração e da guerra na Guiné, onde combateu."
"A sua obra, integralmente reeditada nos últimos anos, mereceu diversos reconhecimentos nos Açores e prémios como o Grande Prémio de Literatura Biográfica da Associação Portuguesa de Escritores. Cristóvão de Aguiar recebeu também as insígnias de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique."
Na sua obra destacam-se a trilogia romanesca Raiz Comovida, o Braço Tatuado, e Relação de Bordo, conjunto de diários que abrange os anos de 1965 a 2015. Traduziu ainda "A Riqueza das Nações", de Adam Smith, edição da Fundação Calouste Gulbenkian.
Luís Aguiar-Conraria, seu filho, colunista no Expresso e professor universitário, comunica no seu Facebook que o velório ocorrerá hoje, quarta-feira, a partir das 17 horas, em Coimbra. Já a cerimónia de homenagem será no mesmo local – contudo às 10.45 de amanhã.