António Costa criticado por acompanhar a mulher às urnas

O secretário-geral do PS, que já tinha votado no passado domingo, aproveitou o momento para falar aos jornalistas, que lá não estariam por “agradável coincidência”.

Apesar de António Costa já ter colocado o seu boletim nas urnas no passado domingo, hoje não quis ficar calado e arranjou forma de falar ao país de uma maneira que parecesse casual. Fê-lo enquanto acompanhava a sua mulher na ida às urnas. Os internautas não gostaram: perceberam a ‘jogada’ e caíram-lhe em cima.

É que o lugar onde a sua mulher foi votar – Escola Parque Silva Porto, em Lisboa – estava recheado de jornalistas à espera do secretário-geral do PS, algo que foi ironicamente visto como uma “agradável coincidência” por parte de alguns utilizadores do Twitter. Ao i, Pedro Schuller, deputado municipal do movimento Aqui há Porto e membro da Comissão Executiva da IL, nota não ter achado a ação “correta”, considerando-a uma “desculpa para fazer campanha política”. “E os média vão atrás da cantilena. Está a usar os meios que tem à disposição para fazer campanha”. Além da reflexão pessoal, faz, também, uma política: “isto só vem provar que o dia de reflexão é inútil havendo votos antecipados e havendo estas jogadas no próprio dia das eleições”.

No Twitter, os comentários foram mais afiados: “Olha que agradável coincidência a mesa de votos da primeira-dama estar cheia de jornalistas à porta”, comentou um utilizador. “Que sorte. Os jornalistas até adivinharam que ia passear os cães e acompanhar a esposa. Se os outros candidatos forem acompanhar as/os esposas/os e passear os gatos, podem falar novamente aos jornalistas adivinhos que lá estarão?”, notou outro. “Devia ter vergonha de colocar este post, depois de ter votado antecipadamente a semana passada. Mas creio que isso é coisa que não lhe assiste…”, atirou um terceiro.

Aos jornalistas, com os seus cães deitados a seu lado, António Costa notou esperar que "todas as pessoas se sintam seguras para exercer o seu direito de voto", acrescentando que hoje é "o dia da festa da democracia, em que cada um decide o futuro do país".