“É verdade que há deputados racistas a mais no Parlamento português”: Catarina Martins reage a derrota pesada

A coordenadora do Bloco de Esquerda já reagiu à derrota do partido, colocando a ascensão do Chega nestas eleições legislativas no centro do seu discurso. Catarina Martins considera este “um dia difícil e um mau resultado”. 

“É verdade que há deputados racistas a mais no Parlamento português”: Catarina Martins reage a derrota pesada

 Uma derrota pesada. Assim era previsto ao início da noite. Confirmou-se e a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, assumiu: “É um mau resultado, é uma derrota e neste partido enfrentamos as dificuldades tal como elas são”, disse, acusando que a “estratégia do PS para ter maioria absoluta foi bem sucedida”. No seu discurso, não deixou nada por dizer ao Chega – partido que conseguiu melhor resultado: “É também um mau resultado por causa do resultado da extrema-direita e do Chega”. E foi mais longe: “Cada deputado racista eleito no Parlamento português é um deputado racista a mais e cá estaremos para o combater todos os dias”.

E nem o líder parlamentar Pedro Filipe Soares poupou as críticas: “Percebemos que a estratégia criada pelo PS de chantagem para o país parece ter tido algum sucesso com uma ajuda que não é despiciente de uma bipolarização forçada, criada ao longo das últimas semanas e que aparentemente teve sucesso na criação de um voto útil à esquerda”. Apesar de ter ajudado a chumbar o Orçamento do Estado para este ano e das críticas ao primeiro-ministro – que não ficaram sem resposta – Catarina Martins já tinha dito que, caso António Costa fosse reeleito, gostaria de ter uma conversa com o primeiro-ministro. Conversa que, aquando do pedido da coordenadora do partido, deveria estar marcado para esta segunda-feira. 

Uma das primeiras surpresas para o BE foi José Manuel Pureza não ter conseguido ser eleito por Coimbra. Pelo Porto, círculo em que, em 2019, o partido elegeu quatro deputados, foram eleitos Catarina Martins e José Soeiro. 

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