Governo diz que instituições académicas são “seguras” e apela à “solidariedade”

Ministro da Ciência sublinha que este tipo de ameaça tem sido cada vez mais frequente e é um “alerta” ao “esforço coletivo” de solidariedade. 

Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, defendeu, esta sexta-feira, que as instituições académicas em Portugal são “seguras” e apelou à “solidariedade” entre os estudantes, docentes e líderes.

As declarações do governante surgiram em reação à detenção de um jovem, de 18 anos, que planeava um ataque terrorista na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

“Vivemos numa sociedade onde cada vez temos mais conhecimento, mas também temos ameaças à nossa segurança pessoal e coletiva. Ainda esta semana o secretário-geral das Nações Unidas voltou a apelar à solidariedade entre as pessoas e as instituições. As ameaças que temos à segurança têm de ser combatidas com solidariedade. De facto não houve nenhum ataque porque os serviços de segurança conseguiram prevê-lo”, disse Manuel Heitor, em declarações aos jornalistas, em Lisboa.

“É um caso inédito em Portugal e, por isso mesmo, não nos pode levar a deixar de frequentar as instituições, mas é obviamente um alerta ao esforço coletivo de solidariedade. Todos juntos temos, efetivamente, de garantir cada vez mais segurança. Vivemos numa sociedade com ameaças na saúde mental, com ansiedade entre jovens e adultos, e este caso é mais um que nos deve alertar para um movimento de solidariedade comum, mas nunca para nos fecharmos mais”, acrescentou, considerando que este tipo de ameaças não se combate apenas com mais policiamento.

Questionado sobre se estava a par do caso, Manuel Heitor disse que foi “totalmente surpreendido” e disse que, por enquanto, o Executivo não tem qualquer reunião prevista para avaliar o sucedido.

“A ministra da Justiça já falou, o caso foi evitado. Mais uma vez apelo à solidariedade conjunta para que possamos discutir estes assuntos internamente nas instituições”, completou.

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