Secretário-geral da NATO diz que apoio à Ucrânia vai ser intensificado e alargado à Bósnia e à Geórgia

Para Jens Stoltenberg, a chave para o fim da guerra está nas mãos do Presidente russo, Vladimir Putin, que se deve retirar do território ucraniano. No entanto, isso parece estar longe de acontecer, para além de que existem países como a China que não estão dispostos “a condenar a agressão da Rússia”.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse que Aliança Atlântica quer trabalhar para um “fim rápido da guerra”, no entanto pede às pessoas para se prepararem porque essa conclusão poderá demorar “meses” ou até “anos” a chegar. Por agora, Stoltenberg afirmou que a ajuda na Ucrânia vai ser intensificada, bem como noutros países como Geórgia e Bósnia. 

Interrogado pelos jornalistas após a reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros e os chefes de diplomacia ucraniana e da União Europeia, Stoltenberg disse que o conflito deve “terminar”, se não serão cometidos “mais danos, mais destruição e mais mortes”.

“Enquanto a guerra continuar há risco de escalar para lá da Ucrânia e estamos focados em prevenir isso”, assegurou o secretário-geral da NATO, ao notar que os aliados têm feito “muito” e estão “determinados a fazer mais agora e no futuro” para ajudar os “bravos ucranianos”.

Para isso, a NATO vai “intensificar a ajuda humanitária e o apoio financeiro” a Ucrânia, assim como com a entrega de armamento, que já foi disponibilizado pelos países do Ocidente, faltando apenas acordar as datas finais.

No entanto, para Jens Stoltenberg, a chave para o fim da guerra está nas mãos do Presidente russo, Vladimir Putin, que se deve retirar do território ucraniano. Ainda assim, isso parece estar longe de acontecer, para além de que existem países como a China que não estão dispostos “a condenar a agressão da Rússia”.

O secretário-geral da Aliança Atlântica disse ainda que as sanções introduzidas pelos aliados da NATO “não têm precedentes e são prejudiciais”, porém, garantiu que o Ocidente quer “prevenir uma escalada no conflito” e não “provocar um conflito”.

Além de a NATO intensificar o apoio à Ucrânia, Jens Stoltenberg admitiu que a Aliança também está disponível para aumentar o apoio à Bósnia e à Geórgia, devido ao “risco de uma pressão russa”, de forma a preservar a sua soberania e “direito de tomar decisões independentes”.

“Os aliados também concordaram em ajudar outros parceiros a reforçarem a sua resiliência e a garantirem a sua habilidade de se defender, incluindo a Geórgia e a Bósnia-Herzegovnia”, revelou o secretário-geral, ao indicar que já tem “um substancial pacote” de ajuda e apoio para a Geórgia, sendo que algumas questões ligadas à cibernética e comunicações poderão ser reforçadas.

Quanto à Bósnia, a NATO pode “desenvolver um novo pacote de capacitação de defesa” do país. Stoltenberg Fez questão de notar que estes apoios serão feitos “à medida” e acordado com os Estados em causa.

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