BCE revê inflação em alta e corta crescimento

Banco Central Europeu confirmou o fim das compras de ativos em julho, mantendo as taxas de juro.

O Banco Central Europeu (BCE) reviu em alta a previsão de inflação para este ano. As previsões divulgadas esta quinta-feira apontam para uma taxa de inflação de 6,8% este ano, descendo depois para 3,5% em 2023 e 2,1% em 2024. «A inflação alta é um grande desafio para todos nós. O Conselho do BCE assegurará que a inflação regressa à sua meta de 2% no médio prazo», diz em comunicado. Os técnicos reviram «significativamente em alta as projeções de base», que «indicam que a inflação permanecerá indesejavelmente elevada por algum tempo», admite o banco central.

O banco central liderado por Christine Lagarde cortou nas projeções de crescimento económico da zona euro para 2,8% este ano e 2,1% no próximo. O BCE defende que a invasão russa na Ucrânia continua «a pesar na economia». Mas, apesar das incertezas, o banco diz acreditar que «estão reunidas as condições para que a economia continue a crescer», posição justificada com a reabertura da economia, um mercado de trabalho forte, apoios orçamentais e poupanças acumuladas durante a pandemia.

Além disso, o BCE anunciou manter as taxas de juro mas avançou que as compras líquidas de ativos ao abrigo do programa APP terminam em julho, avançando nesse mês com uma subida de 25 pontos base.