Congresso do PSD muda de local

Afinal, o 40.º Congresso do PSD, que estava marcado para o Coliseu do Porto, vai decorrer no Pavilhão Rosa Mota, de 1 a 3 de julho. Os burburinhos sobre quem ocupará os lugares da direção são o tema central.

O Partido Social Democrata realiza, nos dias 1, 2 e 3 de julho, o seu 40.º Congresso Nacional. Inicialmente marcado para o Coliseu do Porto, o evento acabou por trocar de local, mantendo-se na mesma cidade, mas mudando para o Pavilhão Rosa Mota, a uns poucos quilómetros da baixa portuense.

«Estando disponível agora o Pavilhão Rosa Mota, tem melhores condições, sobretudo no espaço exterior para estacionamento, e também tendo em conta o agravamento dos números da covid-19», justificou José Silvano, secretário-geral do PSD, citado pela Lusa, revelando ainda que, aquando da marcação do Congresso para o Coliseu do Porto, o Pavilhão Rosa Mota encontrava-se indisponível, devido a uma pré-marcação de um concerto que entretanto foi desmarcado.

Por lá, a subida de Luís Montenegro à presidência do partido será oficializada, seguindo a estrondosa vitória nas eleições diretas de 28 de maio, em que venceu com 72.48% dos votos, e marcando oficialmente o fim da presidência de Rui Rio, que preside ao PSD desde janeiro de 2018. 

Resta agora saber quem é que Luís Montenegro, antigo líder da bancada social-democrata nos tempos da liderança de Pedro Passos Coelho, levará consigo para os próximos anos.

Avizinha-se uma transição de pasta «à moda dos homens bons», conforme prometeu no seu discurso da vitória, e já reuniu com Rui Rio na sede nacional da São Caetano à Lapa, para debater  «todo o processo de transição da liderança, tanto do ponto de vista logístico como político».

Na mesma noite em que celebrou a vitória eleitoral, Montenegro não disse ‘nem sim nem sopas’ sobre a continuidade de Paulo Mota Pinto na liderança da bancada social-democrata,  anunciando apenas uma reunião de trabalho para saber se há ou não condições para manter a direção do grupo parlamentar. 

E o tempo aperta. É que a corrida eleitoral para as eleições europeias já começou, e não há um único segundo que possa ser desperdiçado na preparação daquelas que serão muito provavelmente as primeiras eleições com Luís Montenegro à cabeceira do PSD.

Mas irá Luís Montenegro procurar incluir na sua ‘equipa’ Jorge Moreira da Silva, derrotado nas diretas de 28 de maio? A realidade é que Moreira da Silva conhece bem os cantos do Parlamento Europeu, onde serviu durante quatro anos como eurodeputado, mas, ao Observador, o antigo Ministro negou essa vontade. «Não voltarei obviamente ao Parlamento Europeu. Fui eurodeputado durante quatro anos, gostei muito dessa função, mas não se volta para uma função onde já se foi feliz. Vim para Lisboa para fazer política independentemente do resultado que resulte desta eleição», disse.

No seu discurso de vitória, no entanto, o famalicense não afastou a hipótese de ser candidato pelo partido em eleições futuras, rejeitando qualquer cargo ‘executivo’ na direção de Luís Montenegro.