Costa destaca criação de direção executiva para o SNS como uma das mais importantes novas medidas

Chefe de Governo diz que não são só precisos mais meios, é necessária uma melhor coordenação e dá o exemplo do plano de vacinação contra a covid-19, sob o comando de Gouveia e Melo.

O primeiro-ministro prometeu, esta quinta-feira, uma reforma orgânica de fundo no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e anunciou que serão investidos 1.240 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no sistema de saúde.

"Quem passou a prova da covid-19 passa também qualquer prova", afirmou António Costa, na sessão ‘Respostas para a Saúde’, na qual a ministra da Saúde, também presente, anunciou a aprovação, em Conselho de Ministros do novo estatuto do SNS.

O chefe de Governo reconheceu a existência de problemas na Saúde e no SNS em particular, e defendeu que além de mais meios são também necessárias uma melhor organização, coordenação, gestão e mais autonomia e maiores incentivos para a motivação dos profissionais.

"Não basta apenas colocar mais meios. Precisamos de melhor organização, melhor gestão e de condições para motivar mais os profissionais do SNS", afirmou António Costa, destacando como nova medida a nomeação de uma direção executiva do SNS. Uma ideia que partiu da experiência de combate à pandemia de covid-19, em especial em relação ao plano de vacinação.

"O que fez a diferença é que conseguimos ter uma organização que agiu de uma forma coordenada, que foi capaz de trabalhar em rede. Remando todos para o mesmo objetivo, conseguimos chegar lá", sublinhou.

"A existência dessa direção executiva é essencial, como foi absolutamente essencial termos um comando único para toda a operação da vacinação", acrescentou, referindo-se às task-force da vacinação liderada pelo vice-almirante Gouveia e Melo.