Novos radares de Lisboa apanham 1.200 aceleras por dia

Nos primeiros cinco meses do ano as receitas com multas baixaram face a 2021. Lisboa mudou em junho.   

Os novos radares de velocidade de Lisboa apanharam 38 mil condutores em infração no primeiro mês de funcionamento, 1267 por dia. Tendo em conta que a multa mínima é de 60 euros, as coimas poderão superar os 2,2 milhões de euros. Segundo o Correio da Manhã, que avançou dados da autarquia, a avenida Lusíada regista o maior número de infrações, seguindo-se a avenida Padre Cruz e a avenida Infante Dom Henrique.

Foi registado neste primeiro mês um caso em que um automóvel circulava a 240km/h na Avenida Marechal Craveiro Lopes, junto às bombas da Repsol da Segunda Circular, onde se pode andar a 80km/h. Não se sabendo ao certo a quem pertencia, o CM adianta que se trata de uma viatura da polícia ou socorro.

Depois de sucessivos atrasos técnicos, os radares de Lisboa foram ligados a 1 de junho. Ao todo são 41 radares espalhados pela capital, a limitar, na maioria das zonas, a circulação a 50km/h. Depois de serem apanhadas as infrações, cabe à Polícia Municipal de Lisboa o processamento das multas. Quem ultrapassa o limite de velocidade até 20km/h, incorre numa multa mínima de 60 euros e máxima de 300 euros.

Portugueses pagam menos em multas até maio A nível nacional, e por agora apenas com dados até maio, o cenário era de uma diminuição das receitas com multas por infrações ao Código da Estrada. Nos primeiros cinco meses do ano, as receitas do Estado com multas por infrações ao volante somaram 30,8 milhões de euros,  205 mil euros por dia, ao passo que nos primeiros cinco meses de 2021 tinham ascendido a 35,7 milhões de euros.

Os dados publicados na última Síntese de Execução Orçamental, que o i consultou, mostram assim uma quebra de 13,7% nas receitas do Estado com multas. Só no próximo balanço, no fim do mês, poderá notar-se o impacto da ativação dos radares de Lisboa. As receitas do Estado com multas por infrações ao Código da Estrada totalizaram, em 2021,  82,4 milhões de euros, depois de uma quebra no primeiro ano da pandemia (71,1 milhões).