A mansão que Cristiano Ronaldo está a construir numa das zonas residenciais mais caras de Portugal, a Quinta da Marinha, em Cascais, confina com a zona de estacionamento e o Club House do Campo de Golfe dos Oitavos, propiedade de Miguel Champalimaud (também proprietário da Quinta da Marinha Original).
E o facto de a esplanada do club house ficar precisamente voltada para a sua futura residência fez com que o jogador formado no Sporting e ao serviço do Manchester United tenha avançado com uma proposta a Miguel Champalimaud: a compra do parque de estacionamento e o club house.
Acabando com este – que, concretizando-se o negócio, terá de ser deslocalizado para outra zona do campo de golfe dos Oitavos –, Cristiano Ronaldo assegurará não só a desejava maior privacidade da sua propriedade como passará a ter uma estrada de acesso exclusivavente sua.
O negócio, entre privados, em nada depende da Câmara de Cascais, estando na dependência apenas da vontade de Miguel Champalimaud em aceitar ou não a proposta que já foi feita pelos representantes legais do jogador, como o Nascer do SOL conseguiu confirmar.
O jornal tentou também contactar um representante do jogador e o próprio Miguel Champalimaud, mas até à hora de fecho desta edição não obteve da parte deste último qualquer resposta às perguntas que lhe foram enviadas.
Em construção há dois anos, a mansão de Cristiano Ronaldo, na Quinta da Marinha, ganha progressivamente forma e fama. Localizado num dos empreendimentos mais luxuosos de Portugal, em Cascais, o projeto do jogador que já arrecadou cinco bolas de ouro dá tanto que falar que os imóveis que se encontram em seu redor – já de si numa das zonas mais caras e luxuosas de Portugal – têm vindo a beneficiar de uma cada vez maior valorização financeira.
Aquele que é descrito como um projeto de arquitetura contemporânea por vários órgãos de informação e sites especializados no ramo imobiliário é rico em detalhes e apresenta uma construção de alta qualidade e materiais premium.
O projeto arquitetónico é do Arquiteto Vítor Vitorino – considerado o arquiteto de eleição do craque – que é também o autor do projecto da casa em frente à futura mansão do CR7 e que está inserida num lote com uma área total de construção de 1.100 metros quadrados, 544 metros quadrados acima do solo, e, portanto, beneficiando de uma excelente localização, com exposição solar a sul.
Se o arquitecto seguir as mesmas ideias, o nível da soleira do piso 0 estará a cerca de dois metros e meio do nível natural do terreno. A piscina exterior e os terraços estarão acima desse nível permitindo uma vista priviligeada para o mar. O rés-do-chão será composto por um hall com pé direito duplo e duas salas, uma de 25 m2 e outra de 68 m2, com lareira de dupla face, criando diferentes ambientes. A sala de jantar tem 30 m2, a cozinha 38 m2 totalmente equipada com ilha, acesso ao terraço exterior coberto, enquanto no piso superiorpoderão ser encontradas três suites com terraços, todas com vista para o mar, a primeira suite com 23 m2, a segunda suite com 18 m2, a master suite com 2 roupeiros de 22 m2 cada, uma sala com 25 m2, 2 casas de banho e um quarto de 30 m2. Na cave, com uma área ampla, esta casa tem uma garagem com 3 portões e capacidade para pelo menos 6 carros de 100 m2 – sendo já sabido que a de CR7 terá capacidade para 30 carros. A área de armazenamento será de 17 m2, a área de serviço com quarto, sala e cozinha, a lavandaria com 17 m2, a sala de cinema de 45 m2, a zona SPA com piscina interior de 95 m2, os chuveiros com 12 m2, um ginásio de 20 m2, uma sala de jogos com 45 m2 e um escritório. Sabe-se que a moradia será equipada com elevador e ar condicionado. Também terá painéis solares térmicos e fotovoltaicos.
Tratando-se do mesmo arquitecto e com a atual estrutura já visível, é provável que as características da casa de Cristiano Ronaldo sejam muito semelhantes, mas o Nascer do SOL sabe que a estrela tem planos para que existam pormenores únicos. Por exemplo, o mármore que será utilizado não estará presente em mais nenhuma casa em Portugal, já que CR7 terá garntido exclusividade, falando-se mesmo que terá comprado a pedreira em Itália de onde são importados. Outro pormenor de que se fala é a existência de um elevador que assegurará mecanimente o parqueamento e arrumação dos carros na garagem , com tudo automatizado.
Esta mansão será o futuro lar do craque, de Georgina Rodríguez e dos filhos Bella Esmeralda, de quase quatro meses, Alana Martina, de quatro anos, Eva e Mateo, também de quatro anos, e Cristianinho, de 11. Para além disso, contará igualmente com dois anexos para que familiares como a mãe do jogador do Manchester United, Dolores Aveiro, também tenham onde ficar, bem como os elementos do seu staff e demais colaboradores e empregados.
Segundo o jornal digital Cascais24Horas, também «Pizzi e Rafa estão a negociar a compra de lotes na Quinta da Marinha para juntar-se a CR7 e outros craques», entre os quais João Félix.
Problemas na Riviera lusa
Quatro suites, piscina, spa, sala de cinema, campo de futebol e uma garagem para 30 carros é informação que o semanário Tal & Qual avançou no final de junho, fazendo manchete com a mansão onde 'Ronaldo vai arrumar as botas', adiantando que a residência de Cristiano Ronaldo estará pronta em 2023 e vai custar cerca de 20 milhões de euros. Volvido um mês, a revista Sábado pegava no tema, afirmando que estes números a posicionam desde logo como a casa mais cara do país. Ainda que a Quinta da Marinha ofereça a tranquilidade ideal para viver perto do mar, com dois campos de golfe, um centro hípico, hotéis, restaurantes e a vila de Cascais a uma distância reduzida, a verdade é que nem tudo tem corrido bem naquela que é encarada internacionalmente como a Riviera portuguesa.
Isto porque, como o Nascer do SOL veiculou em novembro do ano passado, havia uma guerra aberta entre Champalimaud e outros promotores imobiliários. Na Rua das Palmeiras, uma das principais artérias da Quinta da Marinha, havia, naquela altura, cartazes pretos com a inscrição «Opinião: Quinta da Marinha não é responsável por este desmando urbanístico», acompanhados de uma seta vermelha que aponta em direção aos edifícios em construção que constituirão a Bloom Marinha. A guerra originou uma batalha jurídica que seguiu para os tribunais, tendo Miguel Champalimaud sido obrigado a retirar os cartazes.