Gouveia e Melo disse adeus à coordenação da task force há um ano

O agora Chefe do Estado-Maior abandonou o cargo há um ano e, agora, os portugueses já podem andar sem máscara.

Após quase oito meses de ter assumido a liderança da campanha de vacinação contra a covid-19, chegou ao fim, a 27 de setembro de 2021 – quando a covid-19 ainda parecia uma batalha difícil de controlar –, a missão de Henrique Gouveia e Melo enquanto líder da task-force de vacinação.

Àquela época, Gouveia e Melo que numa entrevista à Associated Press havia admitido que substituir Francisco Ramos, o primeiro coordenador da task-force de vacinação, foi “intimidante”, já havia anunciado dias antes que tinha sido criado um núcleo de transição para internalizar o trabalho da task-force no ministério da Saúde.

Deste modo, o objetivo era que a vacinação passasse a ser “uma operação corrente e não uma operação extraordinária” como considerava que fora até então. “O fundamental é deixar escola. Ajudar o Ministério da Saúde a crescer na sua organização interna para que consiga depois lidar com isto. Nenhum Ministério da Saúde do mundo estava preparado para vacinar a população toda. Agora já estão preparados”, já observara Gouveia e Melo numa grande entrevista ao Nascer do SOL em junho do ano passado.

Nessa altura, falava-se numa taxa de vacinação de 88% da população que rapidamente foi mencionada como correspondendo, afinal, a mais de 90%. Atualmente, de acordo com os dados disponibilizados pela plataforma ‘Our World in Data’, a 16 de setembro, quase 10 milhões de pessoas tinham sido inoculadas com a primeira dose da vacina (94.7% da população) e quase 9 milhões contavam com todas as doses recomendadas até à data (86.5% da população).

A 21 de setembro, era anunciado, pelo novo Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que 250 mil pessoas vacinaram-se contra a gripe e a covid-19 desde o início deste mês, quando falou à comunicação social, no final de uma reunião com o responsável do Núcleo Coordenador de Apoio ao Ministério da Saúde (NCAMS), Carlos Penha Gonçalves, na qual participou também a Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, e a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

“Estamos dentro daquilo que era a nossa expectativa nesta fase. O processo tem vindo a alargar-se de semana para semana», afirmou, acrescentando que aderiram, até ao momento, «às duas vacinas cerca de 250 mil pessoas”, explicou o dirigente que tomou posse após a demissão de Marta Temido, sendo que importa referir que, a 7 de setembro, arrancou uma nova campanha de vacinação com vacinas de 2.ª geração adaptadas à variante Ómicron do novo coronavírus e cujo objetivo é imunizar até dezembro cerca de três milhões de pessoas.  

Como é habitual, o processo começou pelos maiores de 80 anos com comorbilidades e tem lugar, mais uma vez, de forma escalonada, por faixas etárias, tendo avanços à medida que se esgotem os agendamentos na faixa etária mais elevada.

Neste momento, são “elegíveis para serem vacinadas as pessoas com 60 ou mais anos de idade, os residentes e profissionais dos lares de idosos e da rede nacional de cuidados continuados, as pessoas a partir dos 12 anos com doenças de risco, as grávidas com 18 ou mais anos e doenças definidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e os profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados”, como esclareceu o Governo em comunicado.