60 anos de cheias

As cheias de 1967 são consideradas a pior tragédia depois do terramoto de 1755.

Em janeiro de 1962, as segundas maiores cheias do século XX atingiram o Norte e Centro, sobretudo as populações em redor do rios Mondego e Douro. Em novembro de 1967, a subida das águas do Tejo matou 500 pessoas e destruiu casas numa área de muitos quilómetros. Em fevereiro de 1979, as maiores cheias do século XX duraram nove dias e fizeram dois mortos e 115 feridos. Quase 1200 pessoas tiveram de ser retiradas de casa. O distrito de Santarém foi o mais afetado. Volvidos quatro anos, em novembro de 1983, a subida das águas do Tejo matou 10 pessoas e 610 habitações ficaram destruídas. As cheias causaram prejuízos de 90 milhões de euros. Em dezembro de 1989, mais de 1500 pessoas ficaram desalojadas na Régua e 61 em Santarém. A subida dos rios Tejo e Douro fez pelo menos um morto. Em novembro de 1997, onze pessoas morreram em inundações em Ourique, Aljustrel, Moura e Serpa. No inverno de 2000, os distritos de Vila Real, Porto e Santarém foram fustigados por várias cheias, que causaram a morte a pelo menos dez pessoas – a maioria atravessava zonas ribeirinhas. Em fevereiro de 2008, quase 150 pessoas ficaram desalojadas em Loures em inundações que causaram 20 milhões de euros de prejuízos. Dois anos depois, em fevereiro de 2010, morreram 47 pessoas, 250 ficaram feridas e 600 perderam a casa na Madeira. Um forte temporal originou enxurradas, derrocadas e inundações. Em março de 2013, três pessoas morreram em Faial da Terra, nos Açores. Houve deslizamentos de terras e inundações. No outono de 2014, quando António Costa era presidente da CML, Lisboa ficou inundada e seis pessoas ficaram desalojadas na Lourinhã. Em 2015, Albufeira foi profundamente afetada e os prejuízos participados foram superiores a 14 milhões de euros. Entre 2016 e 2022, verificaram-se vários episódios semelhantes, como as cheias de janeiro de 2016 em Coimbra ou as de novembro de 2020 no Algarve.