A falsa vítima

O testemunho de quem confessou que as mãos lhe tremem sempre que vê polícias pela frente, mas que agora lhe foram suficientemente firmes para empunharem e arremessarem pedras contra aqueles que supostamente o fazem estremecer de medo!  

Quase ao findar do ano transacto, vários elementos da Polícia de Segurança Pública foram recebidos à pedrada num bairro de Carnide, quando aí se deslocaram, a pedido de diversos moradores, para porem cobro a distúrbios e lançamento de engenhos pirotécnicos que estavam a pôr em causa a ordem e a tranquilidade de quem ali reside.

Um dos agressores foi detido, por ter causado ferimentos em três agentes da PSP, os quais tiveram que receber tratamento hospitalar, apurando-se que responde pelo nome de Bruno Lopes, um sofrível rapper que ostenta o nome artístico de Timor Smoke.

Provavelmente, quase ninguém o conhece, mas uma simples pesquiza faz-nos recuar a 2015, quando o rapaz foi detido pela PSP na Cova da Moura, por motivos idênticos aos de agora, tendo, em sede de julgamento, conseguido convencer as autoridades judiciais de que a vítima teria sido ele e os agressores os polícias que o detiveram, acabando estes por serem pronunciados pelos crimes de tortura e racismo.

Muito recentemente, este delinquente primário foi protagonista da vergonhosa reportagem montada pelo núcleo de jornalistas de extrema-esquerda da SIC, a que me referi em anterior artigo, em cujo depoimento se basearam para lançarem uma série de calúnias infundadas com vista a atingirem a credibilidade das forças e serviços de segurança e a honra e a honorabilidade de todos quantos nelas servem.

O testemunho de quem confessou que as mãos lhe tremem sempre que vê polícias pela frente, mas que agora lhe foram suficientemente firmes para empunharem e arremessarem pedras contra aqueles que supostamente o fazem estremecer de medo!   

Também nos últimos dias do ano que há pouco se extinguiu, o presidente-comentador quis receber um banho de multidão em Murça, mas em vez dos beijinhos a que se acostumou, foi antes recebido por um punhado de transmontanos enfurecidos por promessas não satisfeitas aquando dos incêndios que devastaram aquela zona do País.

O senhor fala muito bem, é muito educado, mas não faz nada” – foram os mimos a que se sujeitou por parte de quem se sente abandonado pelo poder central e já não vai na cantiga dos governantes que tudo prometem e nada cumprem!

Desta vez, Marcelo foi apenas agredido por palavras, que nem sequer foram ofensivas, mas não é de descartar a possibilidade de que, num futuro que bem poderá ser muito próximo, possa ser ele o alvo das pedras que há dias conduziram três polícias ao hospital.

A insatisfação popular cresce a olhos vistos, fruto de um desgoverno que nos empobrece mais a cada dia que passa, razão pela qual não será de admirar que activistas da desordem se aproveitem dessa situação e se infiltrem em manifestações legítimas, que se pretendem ordeiras, recorrendo a acções de violência gratuita.

Talvez Costa, e alguns dos seus ministros, possam vir a ser também obsequiados com tratamento semelhante, ganhando então consciência de que as pedras não só ferem, como podem mesmo matar!

Talvez então os políticos com responsabilidade de governação comunguem das dores dos polícias agora feridos e se lembrem de legislar no sentido de se punir, exemplarmente, quem faz do lançamento da pedra contra agentes de autoridade o seu desporto favorito.

Poderemos igualmente presenciar, à semelhança do que amiúde se verifica nos hospitais e nas escolas, que os tribunais comecem a sofrer os efeitos de consecutivas invasões por parte de quem, pertencendo a minorias, se julga inimputável.

Talvez então alguns magistrados, com aversão às Polícias e cuja primeira e maior preocupação, sempre que lhes é presente um bandido, é a de procurarem que os coitadinhos acusem os seus captores de não os terem tratado bem, recebam também os sopapos com que médicos, enfermeiros e professores são agraciados sempre que vêem os seus locais de trabalho invadidos por esses desordeiros.

Se e quando chegarmos a esse patamar, é de presumir que esses guardiães da Lei, que insistem em envergonhar a magistratura ao não fomentarem o estado de direito, promovendo, pelo contrário, a desobediência e o afrontamento à autoridade, cheguem à conclusão de que o lugar do criminoso é atrás das grades e o do polícia é prendê-lo, e não oposto.

Quando os poderes executivo e judicial chegarem à conclusão de que os arruaceiros, em particular aqueles que sistematicamente ousam atacar com armas letais os polícias e guardas em missões de serviço, independentemente da côr da pele, do estrato social, da orientação sexual, do culto religioso e das origens familiares que os distinguem dos demais, têm que ser tratados com mão-de-ferro e não com palmadinhas nas costas, o mais certo é que nessa altura possamos todos viver numa sociedade mais segura e justa.

Quem sabe se um dia alguns jornalistas, daqueles sempre obcecados em denunciar as autoridades por alegadas violações aos direitos humanos, recorrendo a invenções na ausência de factos objectivos, sejam também recebidos à pedrada assim que entrarem em determinados bairros, principalmente nos dominados por bandos que se recusam a acatar a autoridade do Estado, a fim de produzirem as reportagens tendenciosas e falsas em que se especializaram, comecem a entender que as vítimas não são os mafiosos que promovem, mas sim o cidadão comum que vai deixando de poder contar com a protecção dos polícias, porque estes ou estão num hospital a receber tratamento médico ou num tribunal a responder por acusações de racismo, xenofobismo, homofobismo ou de outro ismo qualquer.

Talvez, nessa altura, esses pseudo-profissionais da informação descubram que os vilões não são os polícias por eles destratados, mas sim as falsas vítimas a quem dão tempo de antena à borla e em horário nobre!