Incursão israelita faz nove mortos

Nove palestinianos foram mortos pelas tropas de Israel num campo de refugiados em Jenin, no norte da Cisjordânia.

Um ataque das forças israelitas no campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia, provocou a morte de nove palestinianos e fez mais de 20 feridos. A incursão neste território está a ser considerada a mais mortífera dos últimos anos na região. Entre as vítimas mortais está uma mulher de 60 anos e três associados a um grupo armado. Pelo menos quatro dos feridos estão em estado grave. As autoridades palestinianas estão a considerar este ataque um «massacre». A ação israelita foi descrita pelos responsáveis palestinianos como um forte ataque ao campo de refugiados de Jenin, um reduto de militantes da Palestina na Cisjordânia ocupada, que tem sido alvo nos últimos meses de ataques das forças de segurança de Israel para realizar detenções. «Fiquei preso no meio do tiroteio durante horas. Foi insano. Havia atiradores e drones e eles usaram uma retroescavadora para bloquear uma rua. Destruíram muitos carros e um ponto de encontro público», descreveu ao Guardian o cineasta palestino-holandês, Sakir Khader, que esteve presente no local. «No hospital há mães à procura dos filhos… Ainda está tudo muito tenso. Venho à Palestina toda a minha vida e nunca vi nada assim». O exército israelita, que ocupa a Cisjordânia desde 1967, realiza incursões quase diárias neste território palestiniano, principalmente no norte, nas áreas de Jenin e Nablus, redutos de fações armadas palestinianas. Desde o ano passado, o mais violento desde 2006 e que contabilizou 170 palestinianos mortos, Jenin é um dos principais focos de violência na Cisjordânia ocupada e abriga um grande movimento de milícias ligadas a várias fações, incluindo o Hamas e a Jihad Islâmica.