A esquerda que nos engana… Desde 1975

1975 mostrou bem como se comporta a esquerda quando tem o poder. As ocupações selvagens de terras, casas e empresas, as nacionalizações e a própria descolonização…

por Eduardo Baptista Correia

A propósito de uma eventual e imerecida homenagem a Vasco Gonçalves vale a pena não esquecer a forma como a esquerda portuguesa se comporta desde 1975. A agressividade como trata quem consigo não concorda e a forma como pilha património e valor criado na iniciativa privada, constituem as raízes do atraso e da incapacidade que a atualidade constata, quase 50 anos depois, vivermos em Portugal. A festa, a alegria e o espírito construtivo vivido na última semana de Abril de 1974 foram dando lugar ao saque, à inveja e ao desnorte caótico. 1975 mostrou bem como se comporta a esquerda quando tem o poder. As ocupações absolutamente selvagens de terras, casas e empresas, as nacionalizações e a própria descolonização são a demonstração clara de como agem sem pensar. O resultado dessa perversidade está bem visível no modo como a estrutura do serviço público se encontra fragilizada. As escolas e os professores que são tratados como seres menores, o sistema publico de saúde que não tem recursos suficientes para responder às necessidades e a justiça que não acompanha a velocidade e o tempo a que o conceito de justiça obriga constituem a face mais visível dessa impreparada incompetência. A esse pacote adiciona-se uma incompressível carga asfixiante de burocracia e impostos.

Homenagear Vasco Gonçalves seria dar um aval a uma das fases mais irresponsáveis e cruéis da história recente de Portugal. Passadas quase cinco décadas a esquerda sofisticou-se e tornou-se cara, muito cara. Estrangula através de uma sagaz cobrança de impostos toda e qualquer transação económica colocando-se numa posição de fiscal impeditivo da progressão económica e criação de riqueza. Puxa e nivela constantemente por baixo. Essa é a única razão pela qual para esse grupo dos mais altos representantes da esquerda, atualmente membros do Governo, Portugal constitui um caso de sucesso.

Portugal não é um caso de sucesso, é um país em vias de empobrecimento e os Portugueses não contam com o essencial da resposta que a administração publica deveria assegurar:

1. Sistema de Educação avançado que forneça aos filhos das famílias portuguesas condições de competirem em cidadania, cultura e técnica ao mais alto nível do mundo;

2. um Sistema Nacional de Saúde que assegure atempadamente a qualidade desse direito essencial; e

3. um Sistema de Justiça digno desse nome.

Para isso é necessário pagar com dignidade à administração publica, avaliar com rigor meritocrático a qualidade de funcionamento das diversas instituições e aplica de forma rigorosa o resultado dos impostos dos contribuintes individuais empresariais.

Nem António Costa, nem Fernando Medina, nem nenhum dos ministros made in PS, mostram ter essa capacidade. Os portugueses só prorrogam esta equipa por uma exagerada timidez reformista do PSD.