Ventura sobre afastamento do padre Mário Rui Pedras: “Justiça tem de ser aplicada”

“É sabido que o padre Mário Rui me é próximo. Casou-me, esteve comigo quando eu era estudante universitário, portanto é uma notícia que me choca bastante”, confessou o líder do Chega.  

André Ventura disse esta quinta-feira estar “chocado” com o afastamento do padre Mário Rui Pedras – um dos quatro padres afastados pelo Patriarcado de Lisboa por suspeitas de abusos sexuais de menores.  

“É sabido que o padre Mário Rui me é próximo. Casou-me, esteve comigo quando eu era estudante universitário, portanto é uma notícia que me choca bastante”, confessou o líder do Chega.  

“A justiça tem de ser aplicada e tem de ser aplicada para todos, seja em que circunstância for, seja com que proximidade for e seja quem seja. Nós em Direito aprendemos uma espécie de expressão, que é a ‘lei é dura, mas é para cumprir’”, referiu.  

Mário Rui Pedras, de acordo com a Renascença, enviou uma mensagem aos paroquianos das igrejas de São Nicolau e da Madalena, a informar que o seu nome fazia parte da lista de nomes que Comissão Independente entregou na Diocese de Lisboa. 

A nota refere que o padre foi alvo de uma “denúncia anónima” tendo também ele ficado “profundamente” chocado. “Nessa denúncia alguém refere ter sido vítima de abusos por mim perpetrados, os quais teriam ocorrido na década de 90, quando frequentava o 8º ano, num colégio da periferia de Lisboa”, refere Mário Rui Pedras, acrescentando que as alegações “são totalmente falsas”. 

“Nada. Uma denúncia anónima, falsa, caluniosa, sem qualquer elemento útil ou prestável para investigação”, escreve o sacerdote. 

Foi na terça-feira que o Patriarcado de Lisboa anunciou o afastamento de quatro padres que estão no ativo por suspeitas de abusos sexuais.