Como pode, assim, Portugal ser respeitado?

Todos sabemos o quanto custa construir um capital de confiança. Destrui-lo é para este brilhante Governo socialista tarefa fácil… Não há paciência para a esquerda caduca e atrasada!

por Eduardo Baptista Correia

Ser Português, constitui, no mundo, em geral, um privilégio por várias das características que nos são associadas.

Somos em qualquer parte do planeta associados a Cristiano Ronaldo que é um ser admirado e seguido em qualquer canto, dos mais recônditos, em qualquer dos continentes. A simpatia e os sorrisos que gera, constituem para qualquer português em qualquer parte do mundo um ativo dificilmente replicável. Adicionalmente e com particular destaque para certas regiões de África e para uma parte muito significativa da península Arábica e da Ásia em geral, com um particular destaque para a Índia e o Japão, somos vistos como os descendentes dos navegadores. Ser português nessas regiões é respeitado e visto como uma nacionalidade que se aprendeu ao longo dos séculos a admirar. O nosso passaporte é dos mais capacitados do mundo, refletindo de certo modo esse legado em respeito.

Adicionalmente e por via da facilidade em circular e obter informação, pelos elevados índices de segurança, pela posição de não alinhado na II Guerra Mundial, pela revolução pacifica de 1974, pelos brilharetes da seleção, das equipas e dos treinadores de futebol, pela generalizada forma como as gerações mais novas falam inglês, o mundo descobriu as fantásticas características naturais e culturais de Portugal e dos portugueses.

O clima, a gastronomia, a tranquilidade do povo, a beleza das grandes cidades, a proximidade ao mar, o idioma e até algum brilhantismo tecnológico garantem a Portugal uma atratividade global nunca antes vivida. Portugal tornou-se um dos destinos preferidos para estudantes de todo o mundo, para turistas de todo o mundo, para nómadas de todo o mundo bem como para residentes permanentes provenientes das diferentes partes do mundo.

Temos condições de partida para sermos um país absolutamente extraordinário de uma atratividade irrepreensível.

Mas assim não é. O volume da burocracia com a administração pública e com a justiça a que cidadãos e empresas estão sujeitos e expostos, é garante de uma inversão radical em todas a carga positiva anteriormente criada. Os tempos de resposta e a falta de estabilidade das medidas anunciadas, tanto a nível processual como fiscal, constituem o garante que se encarrega de transformar um agradável sonho num pesadelo real.

Os recentes anúncios na alteração da política dos golden visa, são a demonstração de que os nossos governantes não estão devidamente conscientes da importância e da responsabilidade de ser português no mundo. A propósito dessa inversão repentina, os títulos da imprensa mundial, com particular em localizações como o Japão, Hong Kong e Singapura, mostram a desconfiança e incerteza relativamente a Portugal.

Todos sabemos o quanto custa construir um capital de confiança. Destrui-lo é para este brilhante Governo socialista tarefa relativamente fácil… Não há paciência para a esquerda caduca e atrasada!