Vladimir Putin, garantiu que tem uma "boa reserva" de bombas de fragmentação, e ameaça usá-las na Ucrânia, se Kiev utilizar esse tipo de armamento fornecido pelos Estados Unidos.
Washington anunciou que irá fornecer ao exército ucraniano munições de fragmentação, que são controversas porque as cargas que dispersam podem causar muitas vítimas civis colaterais.
"Na Rússia, há uma boa reserva de munições de fragmentação, de diferentes tipos", frisou Putin numa entrevista ao canal da televisão pública "Rossia-1" transmitida este domingo e citada pela agência France-Presse (AFP).
"Até agora não as usámos, não precisávamos delas, embora, num determinado momento, tivéssemos uma conhecida escassez de munições", disse Putin. "Mas se forem usadas contra nós, reservamo-nos no direito de retaliar", acrescentou o Presidente russo.
Putin recordou na entrevista que "o uso de bombas de fragmentação foi descrito como um crime" pela própria administração norte-americana. "Creio que é assim que deve ser tratado", afirmou o chefe de Estado russo.
O exército ucraniano já acusou o exército russo de usar estas munições polémicas desde o início do conflito.
Estas armas estão proibidas em inúmeros países, principalmente na Europa, signatários da Convenção de Oslo de 2008, da qual Estados Unidos, Ucrânia e Rússia não fazem parte.