Se é certo que o candidato beneficiou da influência, do estatuto e das ligações profissionais do pai, faça-se-lhe a justiça de reconhecer que construiu um carreira própria, que culmina na corrida à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa
Mandatário nacional da candidatura de Henrique Gouveia e Melo, o antigo líder do PSD diz que ‘Portugal tem a sorte de, neste momento histórico de realinhamento internacional, poder eleger um Presidente altamente capaz nessa matéria’. E alerta: ‘A nossa democracia vai colapsar se continuar neste caminho’.
Em apenas seis anos – das legislativas de 2019 para as de 2025 –, Ventura passou de 1,3% (perto de 68 mil votos) para 22,76% (mais de 1,4 milhões de votos). O candidato a quem, diz, ‘Deus confiou a difícil, mas honrosa missão de transformar Portugal’.
Seguro diz que a sua candidatura veio para unir, mas a apoiante do ex-líder socialista Ana Gomes, está a dividir. As críticas aos Governo de Costa e aos costistas são como sal nas feridas do PS.
Dez anos depois de se ter afastado, perdido o PS para António Costa e para a ‘geringonça’, é o candidato apoiado formalmente pelo partido que liderou. Mas com muitos ‘dissidentes’.
Apoiante de António José Seguro, Adalberto Campos Fernandes desvaloriza as sondagens e barómetros que colocam o candidato socialista longe de uma segunda volta. E considera que ‘nestas, como em nenhumas outras eleições, a campanha eleitoral será tão importante’.
Ventura foi o primeiro a confrontar Marques Mendes com ligações a Angola mas Cotrim Figueiredo agarrou a deixa e quer saber quem foram os clientes de Mendes na Abreu Advogados. É um ‘irritante’ para a candidatura que tem o apoio do PSD
Da avó divorciada que trabalhou como mulher-a-dias ao pequeno-almoço na Versailles que ditou a entrada na vida política. O percurso de Cotrim de Figueiredo, no primeiro de cinco perfis dos candidatos presidenciais.
O mandatário nacional da candidatura de Cotrim Figueiredo prefacia um livro biográfico muito elogioso de Gouveia e Melo apresentado na semana passada.
Médico de todos os Presidentes desde Mário Soares, Daniel de Matos desdramatizou o que Eduardo Barroso classificou como mais um ‘badagaio’ de Marcelo Rebelo de Sousa. E frisou que ‘não faz qualquer sentido’ falar-se na hipótese de suspensão de funções do PR.
O que têm em comum António José Seguro, candidato presidencial, e António, o mercador, de Shakespeare? Não querem tudo no mesmo barco
Da parada militar do Terreiro do Paço à sessão solene na Assembleia da República e à cerimónia evocativa na Gulbenkian, Marcelo Rebelo de Sousa esteve em todos os momentos das comemorações oficiais do 50.º aniversário do 25 de Novembro, mas os discursos não foram sempre no mesmo sentido.
Afastou cedo uma candidatura presidencial mas o seu nome tem sido uma constante na campanha para as eleições de janeiro. E não têm parado as solicitações no país
Cerimónia no Parlamento equiparada à do 25 de Abril continua a dividir partidos. PS prefere assinalar cinquentenário no Rato, com familiares de Soares e ex-secretários-gerais.
Numa conversa inquieta, Adolfo Mesquita Nunes, autor de Algoritmocracia (D. Quixote), fala sobre a tirania do algoritmo, o desaparecimento dos moderados e a lenta erosão das instituições democráticas.
As Razões que levaram Gouveia e Melo a decidir-se pela candidatura presidencial, escritas por Valentina Marcelino, deram azo a notícias e interpretações que levaram o candidato a desmentir a Lusa. Precisamente na semana em que estalou também a polémica sobre a BBC.
Não foram ‘estados gerais’ à moda do PS mas uma convenção de apoio à candidatura presidencial do antigo secretário-geral. Que reuniu destacadas personalidades de todos os quadrantes do partido, e não só.
Marcelo desdramatizou as referências de João Lourenço ao ‘colonialismo português’ que ‘oprimiu e escravizou durante séculos’ o povo angolano, no seu discurso na Praça da República, em Luanda, durante as comemorações dos 50 anos da independência