Porque, em Portugal, o vinho é presença obrigatória nas mesas de festa, escolha – oriundas do Norte ou do Sul, do Litoral ou do Interior – as garrafas que vão testemunhar a alegria do reencontro, da celebração do Natal.
Há séculos que andam de mãos dadas, na alegria e na tristeza, jurando fidelidade e testemunhando a alma da lusofonia.
Durante esta época festiva e consumista, proponho que relativamente ao vinho reserve o consumo para a mesa e, em cima dela, ponha os melhores néctares que se encontram esquecidos na sua garrafeira.
Nesta época, vários leitores pensam em oferecer uma garrafa de whisky e muitos outros têm a felicidade de saborear esta bebida fermentada e destilada originária da Escócia e da Irlanda.
Durante séculos, São Martinho foi o santo mais popular de França. O túmulo do bispo eleito de Tours, na basílica desta cidade, era o maior centro de peregrinação da Europa Ocidental.
Por toda a Europa, os festejos em honra de São Martinho estão relacionados com as culturas da terra, as previsões do ano agrícola, com festas e canções desejando abundância e, nos países vinícolas do Sul, com o vinho novo e a água-pé. Por isso se diz que ‘pelo São Martinho vai à adega e prova…
Aproxima-se o fim-de-semana de 28 a 31 de Outubro e um dos momentos altos do ano vínico português ocorre no Centro de Congressos de Lisboa, na Junqueira.
As evidências da nossa intimidade com o azeite remontam ao período neolítico (dez mil anos antes de Cristo). A oliveira-brava (em Portugal designa-se por zambujeiro) cobria o Mediterrâneo, o Médio Oriente e a Ásia Menor.
Portugal vinhateiro pode (e deve) dividir-se em três unidades territoriais, cada uma com forte tipicidade sensorial atribuída aos vinhos aí produzidos: Atlântico, Vales (ou Terras Altas) e Sul de Portugal. Nesta última grande região, a influência mediterrânica, a homogeneidade de castas e métodos culturais e a liderança tecnológica concorrem para a produção de vinhos maduros,…
Por estes dias, as grandes superfícies são ponto de encontro de todos os enófilos: decorrem as feiras de vinho até meados de Outubro.
Muitos leitores ficaram surpreendidos com a possibilidade de Portugal, de acordo com investigações científicas recentes, poder ser o berço da vinha, a cultura que criou raízes em todo o planeta.
Muitos leitores ficaram surpreendidos com possibilidade de Portugal, de acordo com investigações científicas recentes, poder ser o berço da vinha, a cultura que criou raízes em todo o planeta.
Quando se toma cerveja, a regra de serviço na restauração e nas nossas casas é consensual: a cerveja bebe-se fria. E com razão: o frio faz com que o gás dissolvido se escape mais lentamente, e possibilita uma melhor degustação.
Quem visita o Algarve rende-se ao esplendor da água. Procura a praia, o sol, o golfe, a doçaria regional, o peixe fresco, o contacto com os animais marinhos, os parques aquáticos. Não se pensa noutros líquidos a não ser na água, mas a região tem vinha e vinho desde tempos remotos que antecedem a nacionalidade.
Os livros e cursos apontam o extremo oriental da Europa mediterrânea como o berço da vinha. Os dados são ilustrados por hieróglifos do antigo Egipto e por ânforas de gregos e fenícios. E se o outro extremo do Mediterrâneo – Portugal – tiver sido o verdadeiro berço da vinha?
Com as informações recolhidas durante a recente Vinexpo, em Bordéus, volto a dedicar esta coluna aos milhares de produtores de vinho que, com a próxima vindima a bater à porta das suas adegas, confirmarão que se apresentam capazes de elaborar vinhos de qualidade, mas incompetentes para os bem comunicar e comercializar.
Dedico a minha prosa aos milhares de produtores de vinho que, vendo a próxima safra quase a bater às portas das suas adegas, confirmarão, com a honestidade que um copo de vinho liberta, que se apresentam capazes de elaborar vinhos de qualidade mas incompetentes para os bem comunicar e comercializar.