Um dia teremos políticos cooperantes entre si, obras com contas certas, e os palcos serão ‘montes de oliveiras e azinheiras’, com sombras para todos…
Os bairros sociais são o melhor exemplo da segregação de uma população, em virtude dos menores rendimentos que possuem, não sendo admissível a proliferação dos mesmos.
Os jardins estão em estreito diálogo com o conjunto edificado, mas também com a cidade e o rio; o interesse do público pelas exposições, teatros e concertos, estende-se aos espaços ajardinados, indissociáveis do CCB , enquanto “Monumento de Interesse Público”.
O clima é um dos muitos fatores que influencia o desenvolvimento económico e o nosso bem-estar; infelizmente temos observado como a guerra influencia negativamente todos os aspetos da nossa vida, mais do que qualquer projeção atribuída às alterações climáticas.
As mudanças climáticas são retratadas artisticamente nos onze jardins em exposição. A abelha selvagem, a água, ou o património hidráulico minhoto estão em risco, exigindo uma ‘Reflexão’ sobre ‘Cada Passo Dado’. Ponte de Lima, sendo a vila mais antiga de Portugal, e a mais verde, convida-nos à Mudança, através dos jardins.
É urgente a implementação de uma política ambiental esclarecida e independente, com vista ao desenvolvimento do país, à mitigação das alterações climáticas, e à manutenção da vida na Terra
O território português é um livro aberto, no qual vemos todas as opções que fizemos nas últimas décadas, e que nos abriram caminho para um certo caos ambiental hoje instalado, mercê da inércia do Estado e da ausência de regras objetivas, consequentes e enquadradas na lei, para os privados.
Um lugar de representação inerente às funções do Estado português.
Obviamente que esta intervenção paisagística veio dar um novo sentido à descaracterizada Praça de Espanha, mas não podemos esquecer a operação urbanística que irá nascer após a conclusão do designado ‘Parque Gonçalo Ribeiro Telles’, o que tornará a cidade mais densificada, mais terciária, e menos ‘acessível’ ao nível da oferta da habitação.
O diálogo, a peregrinação, o respeito pela Natureza, são caminhos para chegar a um Deus. Neste Santuário de Ponte de Lima, 12 jardins oriundos de 13 países, evocam a tolerância religiosa, o Belo, e a Invulnerabilidade da fé.
Um jardim com inúmeras necessidades! Um restaurante? Nunca será uma necessidade!
Cerca conventual e Quinta Régia; frades e monarcas construíram e valorizaram este conjunto do barroco português. A República o que fez?
Um poeta, um escultor e um político uniram-se em torno de um sonho comum. Os paisagistas deram-lhe corpo e um nome – Parque dos Poetas. Nasceram poemas, jardins, lagos, muros e alamedas; as árvores cresceram e acolheram os poetas. Através dos séculos viajamos pelo sonho.
Este conjunto em mosaico-cultura é invulgar pela realidade histórica que transmite – como que um mapa vegetal – mas também pela raridade nos jardins portugueses. O facto de terem sobrevivido sessenta anos confere-lhes um valor histórico/cultural que não deve ser desprezado e muito menos apagado.
Gonçalo Ribeiro Telles era um homem bom, um artista, intuitivo, um génio da natureza. Descodificava todas as matérias reduzindo-as à sua essência, para nos fazer entender o nosso mundo natural.
A atual pandemia colocou em evidência mudanças ambientais que pensávamos ser impossíveis de acontecer neste século
Em consequência do Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, que prevê até 2017 um total de cem acções, está entre elas, segundo bem interpreto, a eliminação da calçada à portuguesa fora dos centros históricos.