Tal como os brinquedos, os telemóveis podiam ter inscrita na caixa a indicação de ‘+10 anos’, como idade mínima de utilização.
Tal como no fim do ano há um renascer na página seguinte do calendário, há uma vida que continua, uma segunda, terceira… infinitas oportunidades.
O Pai Natal existe em cada família e será mais uma memória da infância que todos irão guardar com carinho e provavelmente alguma saudade.
Neste desfasamento entre a realidade e a ‘realidade virtual’ o Tik Tok decidiu restringir os filtros de beleza a menores de idade
Só os alunos mais responsáveis, que têm maior maturidade ou que gostam muito de estudar ou agradar, conseguem acompanhar os estudos.
As situações no trânsito são verdadeiros estudos de caso. De sentimentos, defesas e reações desencadeadas de forma automática e não pensada…
Os chamados ‘treinadores de bancada’ vivem imensamente o jogo, talvez com mais intensidade do que os jogos da Primeira Liga.
Não, não são as crianças que são esquisitas. A comida é que, não raras vezes, é muito esquisita.
Seria bom que o Calvin pudesse sair dos livros. Que lhe permitíssemos andar pelas ruas, pelas escolas e pela casa de cada família.
Falar de racismo prematuramente pode confundir as crianças e gerar clivagens desnecessárias.
Na infância só se olha para o presente, que decorre numa valsa lenta sem pressas, diferente do passo desvairado dos adultos
Os pais que colocam os filhos na equitação ou patinagem para que ganhem autoconfiança são os mesmos que não os deixam trepar às árvores ou ir para casa sozinhos.
Permitir os telemóveis na escola é permitir que aprendam menos, que se envolvam menos, que se esforcem menos, que brinquem menos, que se relacionem menos e que se tornem mais insatisfeitos e aborrecidos.
Agora os dias estão mais frescos, parecem mais silenciosos, a terra voltou a estar mais distante do sol, escurece demasiado cedo, às vezes chuvisca, como um prenúncio da estação que aí vem…
As famílias perfeitas nem sempre ficam bem na fotografia. Mas isso não importa. Até se podem rir disso. Preocupam-se mais com o que são do que com o que querem transmitir. Vivem para si e não para os outros
Dizer que não é conduzir a criança a seguir por um caminho seguro, é guiá-la, mostrar-lhe até onde pode ir, não só na relação com os pais, mas com o mundo e com ela própria
Pouco se fala dos obstáculos que as jovens mães enfrentam quando voltam ao trabalho e ainda menos da dificuldade em encontrar um emprego compatível com a sua nova condição.
O olhar do outro é como um espelho em que nos vemos e conhecemos.
Uma criança saudável é irrequieta, barulhenta, espontânea, imprevisível e cheia de criatividade e imaginação, que usa para preencher os seus dias e o seu mundo desocupado.