Lembro-me de as pessoas se amontoarem atrás da porta à espera do momento mais favorável, que podia ser, por exemplo, a saída de um professor de quem poderiam apanhar ‘boleia’. E também me lembro do efeito surpresa do ovo a cair na cabeça e às vezes a escorregar para dentro da roupa, do cabelo molhado,…
Os preparativos passaram por pedir roupa de neve emprestada aos primos, experimentá-la, comprar uns trenós, pensar onde ficar, onde ir, acompanhar as previsões da meteorologia, marcar a data… Enfim, aquela parte que antecede a viagem que já nos deixa deliciados. Até que chegou o grande dia.
São muitas as escolas que vivem um mal-estar generalizado por falta de um olhar atento às suas necessidades e ao que lá se passa
Há uma ideia generalizada de que para se ser alguém na vida tem de se ter um canudo.
Há pais que não querem que os filhos usem chucha e nunca lha chegam a oferecer, mesmo quando procuram conforto através do reflexo de sucção.
Outras pessoas, que apregoam a liberdade de expressão, a igualdade e a inclusão, saltam sem se ensaiarem muito para cima de quem pensa de forma diferente da sua.
O Natal é gratidão pelo que foi, pelo que somos, pelo que temos e esperança no que virá. É não só o encontro da família, mas o reencontro de nós próprios ao longo dos anos, de quem fomos, quem somos, quem temos e tivemos ao nosso redor.
São inevitavelmente todos os dias as mesmas músicas, os mesmos passos, as mesmas falas, repetidas à exaustão. As crianças começam a ficar cansadas e os adultos preocupados.
É curioso não se ouvir falar de gratidão pela família, pelos amigos, por quem salva vidas todos os dias, por quem ensina os nossos filhos a ler e a escrever, por quem constrói as nossas casas, por quem cuida, colhe e transporta os nossos alimentos… Mas pelo Ronaldo, ai de quem não se sentir grato.
Mesmo com a melhor das intenções ou das sensibilidades da parte dos pais, o irmão mais velho sente muitas vezes que passou para segundo plano, pelo que recorre ao que pode recuperar a atenção que sente fugir.
A combinação explosiva da caderneta, cromos, cromos raros e bater bafo tornou-se tão aliciante que neste momento é um vício e quase um tique entre os mais novos.
Seria bom que os casais se permitissem passar uns dias sozinhos, ou, se isso não fosse possível, pelo menos jantarem sozinhos de vez em quando…
O recreio é um espaço físico, mental, emocional e relacional. É um espaço necessário e obrigatório, que não pode ser ocupado com trabalhos em atraso ou castigos
Fiquei perplexa quando numa festa vi vários meninos de sete anos sentados numa cadeira a jogar Playstation alheados dos amigos que se divertiam juntos
O luto de uma mãe é o mais difícil de fazer e ultrapassar. Vai se fazendo como se consegue. Porque nenhuma mãe pode deixar um filho partir.
O cérebro tem uma plasticidade que lhe permite adaptar-se e reorganizar-se durante a gravidez e o pós-parto
É verdade que as crianças parecem nascer já ensinadas para mexer em ecrãs, embora também seja verdade que a maioria dos ecrãs são muito fáceis de manusear e bastante intuitivos.
Não há nada marcado do outro lado à nossa espera e a diferença só pode ser feita por nós, agora, no dia a dia, no imediato.
Que os nossos alunos valorizem e cultivem valores como a amizade, a solidariedade, a entreajuda, a partilha e a justiça.