Trazer o racismo para dentro do futebol é um enorme disparate. Só serve para envenenar o ambiente. Será que Macron, um gaulês típico, ao consolar Mbappé no relvado, se lembrou por um segundo de que ele era negro?
Se olharmos para trás, verificamos que os chefes de Governo que mais fizeram foram os que menos falavam.
No Qatar, Cristiano Ronaldo tinha planeado uma vingança. Confiando cegamente no seu potencial, acreditava que ia brilhar a grande altura e provar a quem o tinha humilhado que ainda era o ‘melhor jogador do mundo’. Só que o plano falhou.
Agora não é preciso explicar nada: chega-se ao SNS e pede-se para abortar. Em meia dúzia de anos, passou-se da ‘despenalização do aborto’ para a ‘liberalização do aborto’. E com a eutanásia vai acontecer exatamente o mesmo.
Com a ‘ideologia de género’ passámos de uma classificação objetiva, baseada na ciência – os cromossomas XX nas mulheres e XY nos homens –, para uma caracterização subjetiva, baseada no modo como a pessoa ‘se sente’. Um homem que se sinta mulher é do ‘género feminino’.
A ideia de que o nazismo era o inferno e o comunismo o paraíso caiu fragorosamente por terra. Nazismo e comunismo foram duas hecatombes humanitárias sem precedentes. Escolher entre um e outro é o mesmo que perguntar a um condenado à morte: queres ser guilhotinado ou enforcado?
A mentira ambiental instalou-se de tal maneira que as pessoas deixaram de ter consciência do abismo existente entre o que dizem e o que fazem. Na cimeira do clima, no Egito, os políticos clamavam contra a poluição mas iam para lá em jatos privados.
António Costa devia ter a seu lado um homem que gostasse de concretizar, um Duarte Pacheco ou Ferreira do Amaral desta época, que o entusiasmasse a não ter apenas por objetivo gerir o poder mas sim utilizá-lo para fazer obra.
Ser simpatizante do Chega ou admirador de Salazar é um crime? O Chega é um partido legal, com representação parlamentar, e Salazar foi considerado «o maior português de todos os tempos» num famoso trabalho da RTP. É estranho que algumas centenas de polícias, entre dezenas de milhares, simpatizem com o Chega e admirem Salazar? Estranho…
Dizia-se que Salazar usava o futebol para entreter o povo e o fazer esquecer a ditadura e os seus problemas. Mas alguns dos que o criticavam nessa época são hoje os primeiros a ir aos estádios e promover a promiscuidade entre futebol e política.
A Rússia não vai sair da Ucrânia sem tentar mais nada. Aliás, para que serviriam os 300 mil homens que mobilizou e está a treinar? Se a intenção fosse sair, para que teria servido este reforço de tropas e material?
Mas o episódio talvez mais grave, do meu ponto de vista, foi a contratação pela ministra Mariana Vieira da Silva, para seu assessor, de um jovem militante da JS, de 21 anos, que nem sequer tem a antiga licenciatura, com um ordenado superior ao de professor catedrático.
Marcelo Rebelo de Sousa fala muitas vezes informalmente, mas ali não fora o caso: falara de modo formal, num púlpito, atrás de um microfone, perante uma pequena assembleia onde na primeira fila estava a ministra.
As vitórias de José Mourinho no FC Porto abriram as portas da Europa e do mundo aos treinadores portugueses – que hoje treinam equipas em todo o planeta: na Europa, em África, no Médio Oriente, na Ásia, no Brasil. Será que este ciclo está a terminar?
Mas depois de quatro anos de bolsonarismo, em que não houve violações da Constituição, em que a democracia funcionou, em que foi possível Lula sair da prisão e candidatar-se à presidência, como é possível dizer que a vitória de Bolsonaro faria perigar o regime democrático?
Começar no ensino básico a induzir a ideia de que um menino pode afinal ser menina e vice-versa, leva a que se pense que isso é uma coisa fácil. Que um menino pode transformar-se em menina – basta querer. Ora isto, para lá de um tremendo embuste, é um crime.
Este ziguezague mostra com muita clareza uma coisa: António Costa não tem uma estratégia para o país. O seu objetivo é gerir o poder, fazendo o que, em cada momento, for mais adequado a isso. Ontem aliou-se à esquerda, hoje junta-se à direita. Ontem aliou-se aos trabalhadores comunistas e aos seus amigos, hoje alia-se aos…
As opiniões do Presidente da República podem ser criticadas. O que está em causa, neste caso, é o tom inquisitorial com que as críticas foram feitas. Não se curou de saber se Marcelo tinha razão ou não. Partiu-se do princípio de que disse uma heresia e tinha de se desdizer, de pedir perdão.