Nas últimas semanas, vimos o Benfica transformado num entreposto. Saíam uns jogadores, entravam outros, num estranho rodopio. Não havendo nisto uma lógica desportiva, só podia haver uma lógica comercial
Considero Maria Luís Albuquerque uma excelente escolha para a Comissão Europeia. Não acreditem nas vozes daqueles que a desmerecem. Só há um pequeno problema na decisão de a enviar para Bruxelas.
Se a minha avó ouvisse a expressão «pessoas que menstruam» ficaria estupefacta e perguntaria na sua ingenuidade: «Mas por que não dizem simplesmente ’mulheres’?».
O PSD, nestas questões, tem estado numa terra de ninguém, numa posição indefinida, hesitante, não sabendo se pende para a direita ou para a esquerda – e a indefinição em política nunca compensa.
Alain Delon fez parte da época da minha juventude, sobretudo com dois filmes admiráveis: Rocco e Seus Irmãos e O Leopardo, ambos de Luchino Visconti. Para mim, é uma presença distante mas muito nítida
Neste momento, penso que Gouveia e Melo se candidatará à Presidência e será eleito. Mas o passado aconselha cautela. Num segundo, tudo pode mudar.
No tempo de Salazar, a burocracia era odiada. Daí para cá, a situação piorou: os burocratas cresceram em número, puseram-se em bicos de pés, ganharam poder. Tudo o que envolve o Estado se complicou. E nenhum governante vê isto?
Uma mudança de sistema eleitoral permitirá matar dois coelhos com uma cajadada: ter governos maioritários e, ao mesmo tempo, fazer uma regeneração profunda da classe política e do modo como a sociedade a vê.
A frase «Vai onde te leva o coração» é bonita e poética, mas profundamente desresponsabilizadora, enganadora e egoísta. Quantas famílias não foram destruídas em nome de sentimentos passageiros?
Como os seres humanos são desiguais, têm características e capacidades diferentes, só é possível impor a igualdade através de mecanismos repressivos, que cortem as cabeças dos que se destacam.
A frase «Vai onde te leva o coração» é bonita e poética, mas profundamente desresponsabilizadora, enganadora e egoísta. Quantas famílias não foram destruídas em nome de sentimentos passageiros?
Montenegro era o homem que vinha do Norte com dinheiro no bolso e muito boa vontade para resolver os problemas. E está a conseguir fazer passar essa ideia. De uma forma geral, é visto como um homem sério, esforçado e bem intencionado. Mas esse tempo não pode durar muito.
Muitos factos e interpretações da nossa História que se deram por adquiridos estão longe da verdade. É preciso revisitar os acontecimentos com a cabeça limpa, sem ideias feitas nem preconceitos ideológicos, escalpelizá-los, reduzi-los ao osso, e tentar a partir daí construir uma nova história, mais fresca, mais viva, menos teorizada e mais real.
As únicas medidas que o Governo consegue fazer aprovar e pôr em prática vão no sentido de aumentar a despesa. E as propostas que o PS e o Chega aprovam vão na mesma direção. Nos dias que correm, nem os comentadores gostam de ser impopulares.
Um dia destes, com toda a convicção, Carlos Branco afirmava que o hospital pediátrico em Kiev atingido por um míssil foi vítima de um erro ucraniano, e que os russos nada tinham a ver com aquilo. Ora, de que meios dispunha o general para contradizer a ONU, que dizia o contrário?
Um dia destes, com toda a convicção, Carlos Branco afirmava que o hospital pediátrico em Kiev atingido por um míssil foi vítima de um erro ucraniano, e que os russos nada tinham a ver com aquilo. Ora, de que meios dispunha o general para contradizer a ONU, que dizia o contrário?
Estando o meu irmão mais velho preso por razões políticas, num processo complicado, o meu tio demitiu-se do cargo de reitor do liceu D. João de Castro, que então exercia, para defender o meu irmão em tribunal.
Cavaco Silva também constatava recentemente que Portugal está ingovernável, e propunha duas soluções: ou novas eleições ou um entendimento ao centro, com exclusão dos extremos. Ora, ambas as soluções… não são solução.
Diz-se que Alcochete é uma ‘solução definitiva’, enquanto outras (como a ‘Portela+1’) seria um remendo, uma solução a prazo. Pois é exatamente a palavra ‘definitiva’ que me assusta.