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José António Saraiva


  • Uma moeda de 5 cêntimos

    Ligando muito pouco ao dinheiro, sinto um estranho contentamento quando encontro uma nota ou uma simples moeda na rua. É uma reação quase infantil. Assim, baixei-me, limpei a moeda com os dedos e guardei-a no bolso.


  • Suicídio em direto

    Na terça-feira, André Ventura fez exatamente o contrário do que era racional e lógico: encostou Montenegro à parede. Quis vergá-lo, obrigá-lo a negociar. Ora, essa atitude só poderia ter o resultado que teve: fechar a porta a qualquer entendimento futuro.




  • Um aborto na Constituição

    Quem pôs na Constituição o aborto foi o mesmo povo que há pouco mais de dois séculos levou a cabo uma revolução onde se cometeram as maiores atrocidades.


  • Portugal e o futuro

    O próximo Governo pode durar. Se governar bem, Montenegro fará a mesma trajetória de António Costa: em próximas eleições, ampliará a vantagem. Os portugueses são situacionistas – e votam em quem está no poder.


  • O fim de um mistério com 116 anos

    O processo do regicídio foi aberto imediatamente após o crime, mas deparou-se com sucessivos entraves. Dos republicanos e dos monárquicos. A própria rainha D. Amélia – imagine-se! – terá feito pressões para que não se investigasse muito. O estranho é que ninguém até hoje tenha conseguido decifrar o enigma


  • O horror à opinião

    Ninguém sabe qual o efeito eleitoral das frases ‘fora do guião’. Afastam eleitores ou atraem eleitores? Uma campanha certinha da AD ao centro, sem qualquer ruído nem polémica, teria sido uma prenda para André Ventura.


  • Vender o peixe

    O debate que juntou todos os líderes foi um espetáculo penoso de ver. As perguntas óbvias, as respostas estafadas, a situação em si. Os políticos não lideram – são hoje um joguete nas mãos das televisões e dizem o que as audiências querem ouvir.


  • E depois das eleições

    Se a AD ganhar as eleições, como tudo indica, e o Chega puder fazer maioria quer com a AD quer com o PS, como também é previsível, André Ventura passará a ser o ‘fiel da balança’ do sistema.


  • Um retrato do país

    Quando me falam na ‘geração mais qualificada de sempre’, sorrio. O sistema de ensino está formatado para distribuir canudos e não para formar as pessoas de que o país precisa. E já nem falo da emigração dos mais afoitos.


  • Quem vai ganhar em 10 de março?

    Luís Montenegro não deve considerar-se favorito nas próximas eleições por estar à frente na maioria das sondagens. As sondagens têm-se constantemente enganado. A questão é outra – e vem de trás.


  • O império do sexo

    O mundo ocidental, que dir-se-ia estar num patamar superior de civilização, menos atravessado por impulsos primários, mais intelectualizado, vive muito dominado pelo sexo – e talvez cada vez mais.


  • O fator pessoal

    Compare-se o PSD de Montenegro com o de Sá Carneiro, o de Balsemão com o de Cavaco Silva, o de Durão Barroso com o de Passos Coelho. Parecem realidades diferentes


  • O Último erro de António Costa

    Não contente com o primeiro erro, o Governo, cometeu um segundo: enquanto os polícias protestavam inutilmente na rua, cedeu sem resistência às reivindicações dos agricultores. Parecia uma provocação…


  • A culpa será de Marcelo?

    Será que Marcelo Rebelo Sousa cometeu um erro ao dissolver o Parlamento? Será que devia não ter aceitado a demissão de António Costa – ou, consumada esta, devia ter admitido a proposta de pôr Mário Centeno como primeiro-ministro?


  • Deve o Estado financiar os media?

    Se queremos salvar os jornais, pense-se no financiamento através de uma taxa aplicada às grandes empresas de distribuição de conteúdos na internet – que, em larga escala, usam os conteúdos produzidos pela imprensa.


  • Há dez anos

    Esperemos que a reviravolta no caso Marquês possa ter igual efeito noutras áreas, levando alguns políticos a tomarem consciência dos disparates que têm feito – e todos possamos voltar a olhar o país e o mundo de uma forma ‘normal’.


  • O homem das moléculas de ar

    O ‘homem das moléculas de ar’ inventou uma teoria que explicava por que razão os povos do Norte são mais desenvolvidos do que os do Sul. O meu pai considerava-o um imbecil. Mas no último fim de semana eu dei razão ao fulano.