Pedro Nuno Santos fez bem o seu trabalho de casa: calou as críticas à Justiça e ao Ministério Público, reconciliou-se com o Presidente da Republica e afastou António Costa do caminho. A política é assim: pragmática e cruel.
Tenho saudades desses designers portugueses que conheci nos anos 70 e 80, que concebiam peças de mobiliário de muita qualidade – e que algumas empresas pioneiras, como a Olaio, depois produziam. Esse tempo acabou.
O PSD caiu ingenuamente na armadilha das esquerdas. Envergonhado, complexado, com medo das críticas, o PSD entregou ao Chega a maioria das bandeiras da direita. E caiu no erro de dizer que não fará acordos com André Ventura.
O apoio à Ucrânia cabe em primeira linha aos europeus. Há males que vêm por bem. A expectativa de uma vitória de Trump nas eleições americanas pode ser o aviso que leve a Europa a abrir os olhos e a perceber que tem de ter meios de defesa próprios.
A meio do discurso de Pedro Nuno Santos, alguns socialistas aperceberam-se da comédia que o novo líder estava a representar e deixaram de o aplaudir. Mas António Costa, fingindo acreditar nos fingidos elogios de Pedro Nuno, foi sempre batendo palmas – e no fim foi o primeiro a levantar-se e a aplaudir de pé.
A história do novo aeroporto de Lisboa ficará como um exemplo para o mundo de como não deve ser conduzido um processo como este.
Para se consolidar como líder do PS, Pedro Nuno Santos tem duas tarefas prioritárias: fazer com que os militantes deixem de pensar no processo judicial que derrubou o Governo, e levar o Partido Socialista a libertar-se da sombra paternal de António Costa.
Fingindo que está a contribuir para a defesa do ambiente, o discurso ambientalista, assumido pelas marcas e difundido pela publicidade, tem por objetivo levar as pessoas a consumir mais. E o aumento do consumo, que arrasta a produção, é o que está na base da catástrofe ambiental.
As gerações passam mas o país fica. E o que deixa este Governo para o futuro? Daqui a um ano a conjuntura será outra, e perguntar-se-á: afinal, onde está o resultado dos oito anos de António Costa?
Como serão as novas casas de banho mistas? Só vejo uma hipótese: terem apenas cabinas individuais, acabando os urinóis. Mas uma decisão destas acarretará enormes incómodos e perdas de tempo. Basta olhar hoje para as casas de banho das senhoras, onde há sempre gente à espera.
Pedro Nuno Santos é um homem impulsivo, que quando mete uma coisa na cabeça não se modera e leva tudo à frente. Mas, por isso mesmo, a concentração de muito poder nas mãos de um político como este constitui um facto perigosíssimo.
No caso das gémeas, Marcelo apenas fez o que devia. Mas anda-se há três semanas a debater o assunto, sem nenhuma informação nova, com o único objetivo de comprometer o Presidente. Não estava para escrever sobre este assunto e só o faço pelas proporções que tomou. E por me parecer uma patifaria.
Para captar votos, Pedro Nuno Santos diz e faz o que for preciso. Mas a sua forma áspera de falar, as palavras duras que dedica aos outros partidos, a afirmação de que reeditará a ‘geringonça’, não enganam: o radicalismo de esquerda continua bem vivo dentro dele.
Em vez de incentivarmos o trabalho, incentivamos o ócio. Alguém conseguirá explicar isto?
Ao ler o texto de Cavaco Silva sobre as contas certas veio-me a cabeça a frase de Jorge Sampaio quando disse à então ministra das Finanças: «Há mais vida para lá do Orçamento». Na altura, escrevi uma crónica a criticar asperamente Sampaio por essa afirmação. Ora, hoje, passados exatamente 20 anos, não posso deixar de…
Não basta dizer mal da extrema-direita. Para a atacar é preciso retirar-lhe os argumentos. Ora, a indisciplina nas escolas, a entrada descontrolada de imigrantes, o pagamento de subsídios para tudo e mais alguma coisa com consequências brutais na carga fiscal, as leis estapafúrdias resultantes da ideologia de género, tudo isso são ofertas feitas ao extremismo.
É por fraqueza que Luís Montenegro afasta a hipótese de um acordo com o Chega. Ele não se sentiu com força para tomar uma decisão tão polémica. Um líder forte pode dizer tudo, um líder fraco tem medo de tomar decisões controversas.
Luís Filipe Menezes não gosta de Cavaco mas é sobretudo arrasador para dois políticos que saíram do ativo e passaram a comentadores: Manuela Ferreira Leite e Pacheco Pereira. Trata-os com uma violência que raramente se vê. Chega a doer a forma como se lhes refere.
António Costa conseguiu pôr o Ministério Público na berlinda. Até uma procuradora-geral adjunta publicou um artigo de crítica à Operação Influencer. E houve quem a elogiasse, como se fosse normal uma procuradora vir a público comentar um caso concreto.