Portugal vive uma grave crise sanitária, que está longe do fim, e uma crise sócio- –económica, em boa parte resultante da anterior, mas muito agravada pelas deficientes condições estruturais da economia portuguesa, que os últimos governos não quiseram ou não foram capazes de eliminar.
A saga Mário Centeno constitue uma verdadeira farsa, representada por três personagens principais: o próprio, o primeiro-ministro e o Presidente da República.
Estaremos no limiar de encontrar uma resposta positiva e criativa para a concretização do sonho europeu do filósofo Steiner?
No já longo caminho da democracia, não me recorda de nenhum episódio financeiro tão irracional e tão injustificado como este.
A incerteza sobre as opções para a recuperação da economia, a complexidade política e institucional para gerar soluções rápidas e eficazes e a dificuldade de manter a coesão europeia, adicionam-se, em Portugal, às consequências negativas diretas da pandemia sanitária.
A situação de crise económica que o nosso país vai encontrar, como consequência da crise sanitária que atravessamos, não é, obviamente, compatível com políticas orçamentais restritivas.
A União Europeia está confrontada com a prova mais difícil para a sua sobrevivência após 63 anos de relativa felicidade.
Nos tempos que vamos vivendo é difícil, se não impossível, fugir ao assunto de momento: a crise pandémica, provocada pelo covid-19, que está a assolar e assustar quase toda a humanidade.
Será ainda demasiado cedo para identificar todas as consequências desta epidemia, mas é já suficientemente tempo para compreender que depois do Covid-19 o mundo poderá nunca mais ser o mesmo».
Não é fácil prever que Europa teremos depois do Brexit, e como será gerida num clima de desconfiança e temor crescentes…
Nas circunstâncias atuais, viveremos mais dois anos de ilusão de crescimento e progresso; mas na prática iremos conviver com um evidente retrocesso…
O ‘affaire Isabel dos Santos’ é o icebergue, e revela na perspetiva nacional o grau de debilidade da economia portugues.
O ‘teatro de sombras’ em que se tornou a discussão orçamental nos últimos anos e se está a repetir não justifica muito optimismo
Segundo o primeiro-ministro, «não é de esquerda promover défices ou aumento de dívida». Assim se justifica o brutal aumento da carga fiscal dos últimos anos e a degradação progressiva dos serviços públicos como consequência da crónica sub orçamentação a que foram sujeitos, bem como o corte do investimento público que todas as estatísticas confirmam e…
A semana que agora termina e os dias (bastantes) que se vão seguir, ficarão marcados, no plano político, pela discussão do Orçamento de Estado para 2020.
O atual Governo ainda não passou o habitual período de graça dos 100 dias, mas já deu para perceber que este mandato não está a começar muito bem.
Os partidos de esquerda bem resmungam entre si, mas mantêm-se unidos por uma irreprimível vontade de conservar o poder.
Pela inequívoca despromoção que sofreu neste Governo, não se entende bem porque é que sorri (ou continua a sorrir) Mário Centeno
O Governo, que hoje entra em funções, merece o benefício da dúvida, mas é devedor, desde já, de um valor essencial, reconhecido pelo PR, o valor da estabilidade