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Mário Ramires


  • Aproveitar o balanço para descolar

    De uma assentada, o Governo anunciou mais investimento público que todos os Governos de António Costa. Além do mais, ao menos assim percebe-se para onde vão milhares de milhões da Europa.


  • Aguiar-Branco, melhor que encomenda

    Em poucas semanas, o primeiro presidente da AR eleito apenas para meia legislatura (e só à quarta volta) já deu mais lições de bom exercício do cargo do que os seus antecessores mais recentes. Com espírito de missão e sabedor das obrigações da função, é um verdadeiro democrata.


  • Governo de gestão danosa

    Em vez de se enredar em polémicas evitáveis, o PR devia ter cuidado de impedir o Governo que deixou em gestão prolongada de dar cabo em três meses da única coisa de que podia orgulhar-se: as contas certas. O bodo eleitoralista vai sair caro.


  • Abril não tem donos nem se celebra assim

    Enquanto Eanes continua a recusar o bastão de marechal, Spínola e Rosa Coutinho são agraciados às escondidas pelo Presidente da República. E assim se comemoram os 50 anos do 25 de Abril. Da liberdade, da unidade, da esperança. De um país sempre adiado.


  • A tropa-fandanga do SMO

    A melhor homenagem que se pode prestar aos militares 50 anos depois de Abril é rever sem mais demoras o seu estatuto remuneratório e investir na modernização de equipamentos e recursos. O Serviço Militar Obrigatório não é solução para nada. A especialização sim.


  • Sem rosto e sem pés nem cabeça

    A moeda com que a Imprensa Nacional assinala os 500 anos de Camões é uma coisa horrorosa. Faz lembrar os cartoons com que Cid  retratava Balsemão, um homem sem rosto. No caso, José Aurélio, com reputada obra, só faz sobressair a deficiência do Poeta. Muito mau gosto!


  • Livre como um passarinho

    Depois de António Costa, o decano dos socialistas europeus, se ter demitido na sequência da Operação Influencer, eis que a presidente da Comissão Europeia e recandidata apoiada pelo PPE, Ursula von der Leyen, vê a procuradoria da UE chamar a si a investigação sobre o negócio da compra de vacinas Pfizer durante a pandemia.


  • O espanhol é que não quer bom começo

    A direita desbaratou a maioria de 140 deputados na AR conquistada nas eleições de 10 de março, deixando-se apanhar na curva pela esquerda unida. Começar pior era impossível.


  • A porta dos fundos

    A TV é o espelho do país. E o sinal dos tempos é que, num ápice, os painéis de comentadores passaram a contar com gente do Chega, de Pedro Pinto a Diogo Pacheco de Amorim. A não eleição de Augusto Santos Silva não é um fait-divers destas eleições. É um marco, e histórico.


  • A oportunidade

    Em política, a futurologia vale o que vale. Se, como está visto, a maioria absoluta não é garante de estabilidade para uma legislatura, também um Governo minoritário não está necessariamente condenado a uma interrupção precoce ou antecipada do respetivo mandato.


  • Joguem à bola!

    António Costa anda feliz. Depois do que lhe aconteceu, só pode ser de alívio por ver chegada a hora de entregar a outro a liderança de um país envelhecido, com índices de pobreza vergonhosos, serviços públicos falidos e uma economia subsidiodependente. De fugir.


  • Vale a pena fixar este dia 26 de fevereiro

    Como disse o Presidente Marcelo há quase um ano, fixem este dia. Porque se nem António Costa nem Pedro Passos Coelho morrem de amores por Pedro Nuno Santos ou Luís Montenegro e entraram na campanha, foi na deles… a das presidenciais de 2026.


  • Justiça da roleta russa

    Haverá outra profissão em que 90% dos avaliados têm ‘Bom’, ‘Bom com Distinção’ ou ‘Muito Bom’? Então são tão poucos os magistrados menos bons ou maus em Portugal? A reforma da Justiça tem de começar pelo CEJ, ou pela sua extinção. Um tribunal não é um coliseu.


  • Direita, volver

    Se os debates na TV são relevantes – e dos mais esperados já só falta o maior, entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos – e as sondagens antecipam (mais do que resultados) tendências, as eleições de março confirmarão uma viragem à direita, com uma vitória da AD e o reforço substancial do Chega. Sente-se.


  • Sério, é preciso sê-lo e parecê-lo

    Pedro Nuno Santos pode ter sido injustamente atacado na sua seriedade. Mas adianta-lhe de muito pouco afirmá-la. Um candidato a primeiro-ministro não tem só de sê-lo, tem também de parecê-lo. Aliás, como quem vive de atirar pedras aos telhados dos outros.


  • A ilha e o mar de contradições

    Passaram-se 7 dias e há arguidos detidos na Madeira que ainda não foram sujeitos a 1.º interrogatório perante um juiz. O presidente do Governo da Madeira demitiu-se, mas não é bem assim. A Constituição proíbe a dissolução da Assembleia Regional, mas ninguém quer saber.


  • Missa cantada e de corpo presente

    ‘Quem esperava uma rutura com o passado estava enganado’. São elucidativas as palavras de Pedro Nuno Santos no final da aprovação das listas para as legislativas de 10 de março. A renovação só começará a partir daí. Em qualquer dos casos. E será feita com tempo.


  • Entalados entre Açores, Espanha e França

    As regionais nos Açores, a 4 de fevereiro, poderão ter uma influência inusual  no resultado das legislativas nacionais do mês seguinte. A esperança da AD é que José Manuel Bolieiro consiga a maioria absoluta e os ventos de feição cheguem ao continente. O PS conta com o Chega.


  • O país de bananas

    A Europa já fala em Mario Draghi, mas, por cá, o ex-presidente do BCE só terá hipótese se o nosso António Costa não quiser o lugar que Charles Michel se apressou a vagar para o ex-líder do PS. Como se a Europa fosse uma união de ‘repúblicas das bananas’.