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Rui Patrício


  • O megaprocesso, o amor e o bode

    Deveria ter-me lembrado do bode, a verdadeira solução para os megaprocessos, assim pudesse cada um destes ter um daqueles; ou seja, a cada megaprocesso o seu bode

    O megaprocesso, o amor e o bode

  • A justiça e (o mito d’) a inteligência artificial – II

    Não desprezo a nova divindade, nem sofro de teimoso ateísmo, longe disso, apenas procuro cultivar a dúvida e o espírito crítico. E acho, usando uma metáfora alimentícia, que em matéria de justiça a inteligência artificial pode ser um útil (conquanto na dose q.b.) hidrato de carbono, mas não é proteína. 

    A justiça e (o mito d’) a inteligência artificial – II

  • A justiça e (o mito d’) a inteligência artificial – I

    Mas há coisas em que a IA, por muito ‘inteligente’ que seja e por muito que mimetize a inteligência humana, não dará grande ajuda, que são as que se prendem com o núcleo do juízo decisório, seja no domínio estrito do pensamento, seja no domínio emocional, sendo certo que este é fundamental para qualquer decisão,…

    A justiça e (o mito d’) a inteligência artificial – I

  • O tofu e o arroto

    Reinar, gozar, ironizar. Todo o humor tem uma pontinha de crueldade, mesmo que não chegue ao sarcasmo. E duas pitadas de sobranceria, junto com meia dúzia de categorias, de estruturas e de identidades. Se não for assim, não rimos.


  • Heidi, Marco e Abelha Maia

    O que importa é que, a ser verdade que não sou lá grande coisa, descobri – não há muito tempo, mas nunca é tarde – que haverá possíveis culpadas, a saber, Enid Blyton e Agatha Christie, autoras que cultivei e devorei na infância, na puberdade e na fase mais tenra da adolescência. Pois é, podem…

    Heidi, Marco e Abelha Maia

  • O crime de violação, a pessoa e o simbolismo

    Não é a lei que resolve todas as coisas, sendo que até distrai de investir noutras, bem mais importantes, como a educação, o apoio às vítimas, os meios de proteção, de abrigo, de socorro, de acompanhamento, et cetera. Isso sim, isso urge, e nada disso depende da natureza pública ou semipública do crime. 

    O crime de violação, a pessoa e o simbolismo

  • Justiça A.S. e D.S.

    2014 divide o tempo da justiça em antes de Sócrates (e Salgado, também, embora em menor medida) e em depois de Sócrates (e Salgado). O ‘s’ é, assim, o ‘s’ do(s) seu(s) nome(s). Já antes houvera uma fronteira, um momento que mudou as coisas, embora mais difícil de situar com exatidão e, também, menos intenso…

    Justiça A.S. e D.S.

  • Processos e aborígenes

    É – entre outros – exatamente o mesmo da acidental descoberta dos boomerangs que voltam à mão que os arremessou. Dito de outro modo, hoje sou eu a arremessar, amanhã serei eu a levar com ele, pois basta abrir a porta e dar início ao caminho, que ele depois faz-se. Agora estou todo contentinho de…

    Processos e aborígenes

  • Milton no Metropolitano

    A liderança tem de ser forte, indubitavelmente, se o quiser ser, e assim tem de ser porque é muito necessária, em agrupamentos de várias naturezas e de várias dimensões

    Milton no Metropolitano

  • O moderninho passeia por Guimarães, a tóxica, o seu estupor

    Nem um cartaz ou uma pichagem com a grande doutrina da modernice: como todo o passado é ofensivo, para evitar repetições todo o presente tem de ser opressivo, mesmo que acabe em modo de tragédia ou em modo de farsa.

    O moderninho passeia por Guimarães, a tóxica, o seu estupor

  • Confissões sobre um título e um legume que é um fruto

    Coração, cabeça e estômago são, metaforicamente, três das quatro partes do corpo que julgo serem essenciais ao longo de toda a vida de um ser humano.

    Confissões sobre um título e um legume que é um fruto

  • A rede social como dinamite

    A rede social é a heteronímia da pessoa comum. Como se cada um fosse e pudesse ser Pessoa com um simples clique.

    A rede social como dinamite

  • Whistleblowing e ‘café’ solúvel

    De um dia para o outro, especialistas nestas coisas da proteção de denunciantes, daqueles que acham que dão uma vista de olhos na Lei em causa, e quando muito olham também para a Diretiva, e já estão aptos para perorar sobre a questão e para aconselhar e assistir as entidades obrigadas nos caminhos que a…

    Whistleblowing e ‘café’ solúvel

  • Os (verdadeiros) problemas da justiça

    Por Rui Patrício, advogado «Cautela, amigos, com o olho mobilado pelo lugar-comum». Alexandre O’Neill, ‘Olha o Passaroco!’, in Uma Coisa em Forma de Assim Nunca como agora se discutiu (enfim, digamos ‘discutir’, com generosidade conceptual) a justiça no nosso país. Embora raramente a pretexto de uma análise global e profunda da mesma, e quase sempre…

    Os (verdadeiros) problemas da justiça

  • Beirute, três vezes invisível

    A cada dia que passa uma cidade muda, como uma pessoa também muda, mais a mais quando ocorre tal devastação, com o seu cortejo de ruínas materiais e imateriais. Mesmo que a reconstruam, mesmo que algum dia, porventura, a ponham limpa e direita, a ferida ficará, a lembrança, a dor, a cicatriz. 

    Beirute, três vezes invisível

  • Lenocínio, TC e coronavírus

    Com data de 3 de março passado, o nosso Tribunal Constitucional (TC) pronunciou-se (com votos de vencido) no sentido da inconstitucionalidade da norma incriminadora do lenocínio, ou seja, a conduta de quem, profissionalmente ou com intenção lucrativa, fomentar, favorecer ou facilitar o exercício por outra pessoa de prostituição. 

    Lenocínio, TC e coronavírus

  • Como o ‘Vaza-Jato’ terá desvendado um óbvio Rosebud

    Permitam que comece com três apontamentos pessoais, e só depois avance para o tema do título, que pode parecer misterioso, associando dois vultos lendários, Moro e Welles, mas nem tanto, já vão ver. 

    Como o ‘Vaza-Jato’ terá desvendado um óbvio Rosebud

  • Legislação Pavloviana

    Parece que há decisões sobre as quais, nas redes sociais, nos meios de comunicação social e/ou noutros fora, se criou um clamor de repulsa relativamente à suspensão das penas

    Legislação Pavloviana