Aqueles que, tal como eu, achavam que o debate de ontem iria servir para, inequivocamente, esclarecer a maioria dos indecisos, enganaram-se.
A visita de António Costa a Lisboa e o seu passeio pela cidade, onde aproveitou para “inaugurar” um conjunto de obras, foi um número mediático interessante. O problema é que Lisboa não é nada daquilo que as curtas, mas intensivamente repetidas, reportagens televisivas nos quiseram mostrar.
Os números do desemprego, avançados pelo INE, são confirmadores da tendência de redução que se verifica sobretudo ao longo deste ultimo ano que é coincidente com a saída da Troika e por conseguinte do fim da aplicação das medidas mais agressivas de consolidação orçamental.
A entrevista de Passos Coelho, ontem na TVI, diferenciou de forma definitiva o estilo e o que se espera dos principais candidatos ao cargo de Primeiro-Ministro às eleições de Outubro próximo. E essa diferença é abismal.
O debate sobre o Estado da Nação não poderia ter tido história diferente. O PS dedicou o seu tempo a acusar o governo e a maioria de “propaganda irrealista” para encobrir os “sete pecados capitais” resultantes da sua política de “empobrecimento do Estado da Nação” e de “enfraquecimento” dos cidadãos. Foi mais longe e repetiu…
A entrevista de José Sócrates deve ser lida com especial atenção não só do ponto de vista jurídico – tema que por razões óbvias não me pronunciarei – mas sobretudo do ponto de vista político e da análise que deve ser feita da sua relação com a atual liderança do Partido Socialista e com o…
Caiu por terra a ideia que se foi criando sobre o governo grego. Com o passar do tempo percebemos bem que a legitima mas impraticável política anti-austeridade do Syriza era, afinal, mesmo um conto de criança. Talvez ainda não seja hoje que a Europa conheça o desfecho das negociações com os gregos mas de uma…
1. António Costa tem, recorrentemente, dado como exemplo a sua gestão do Município de Lisboa por comparação com atuação do Governo sobretudo no que respeita à dívida de Lisboa e à sua, suposta, redução em 40%. Ora vamos a factos. Em 2014, segundo os relatórios da CML, o total da dívida era de 723 milhões…
Nos últimos quatro anos, Portugal viveu uma situação excecional. Em 2011 o défice real era superior a 11% do PIB o estrangulamento financeiro do nosso país levou a mais um pedido de intervenção como consequência da impossibilidade de financiamento nos mercados internacionais. Vimo-nos, de uma maneira geral, num beco sem saída.
A reflexão é mais ou menos simples. Se o Programa de Assistência falhou. Se estamos pior do que estávamos em 2011 como é que o PS propõe medidas, soluções e expectativas baseadas em cenários de crescimento económico?