Francisco Pinto Balsemão disse que Passos Coelho tinha uma equipa dirigente de gente cansada, de «cavalos cansados», e tinha razão. Causou sorrisos na oposição e embaraço dentro do PSD, mas sem justificação.
Quando se recandidatou à presidência da CML em 2013, António Costa sabia que iria abandonar o lugar em 2015 para concorrer às legislativas.
António Costa já foi grego Syriza em janeiro de 2015; já foi bloco central nos jornais com Rui Rio; já foi derrotado nas eleições de 4 de outubro; já foi vencedor nos dias seguintes quando se uniu à extrema-esquerda; já anteviu uma Península Ibérica esquerdista quando pensou que os socialistas espanhóis se aliavam ao Podemos.
A direita tem um problema. A gerigonça é má, é manca e conduz-nos ao desastre, mas já se percebeu que veio para ficar.
Marcelo Rebelo de Sousa, Marisa Matias e Tino de Rans ganharam a noite eleitoral. Deram-me razão no que ando a pregar no deserto há oito anos. O que têm em comum estes três políticos? São grandes comunicadores.
António Costa mandou os nossos credores darem uma curva, uma volta ao bilhar grande. O primeiro-ministro não quer pagar tudo já e livrar-se do FMI – quer pagar mais devagar, durante mais tempo, pagando mais juros.
Marcelo recusou-se a dar conforto moral aos milhões de portugueses que votaram na direita.
Quando Cavaco Silva acabou a sua mensagem de Ano Novo, eu já estava com pena que fosse a última.