Desatado o nó judicial que, durante mais de três décadas, bloqueou a possibilidade de edição da obra do escritor fora do Brasil, a Tinta da China prossegue, entre nós, a divulgação do grande dramaturgo e cronista pernambucano com o romance “O Casamento”. E que linda é a noiva!
É o seu primeiro romance, escrito de costas para as cartilhas inócuas que servem de guia a boa parte da ficção narrativa que por cá se publica. Inimigo da ligeireza e do português empobrecido, tem telhados de várias águas e foi construído sobre um espaço que equilibra a segurança da tradição com a ousadia da…
Fez no primeiro deste mês 97 anos desde o nascimento da figura maior da cultura portuguesa do século XX, referência e símbolo da portugalidade, fadista de voz irretorquível no mundo quase inteiro que percorreu, Amália Rodrigues
Morreu a 2 de julho de 2004, há 13 anos, Sophia de Mello Breyner Andresen, alguém que fez da poesia uma forma de vida ou «a forma da vida» e da essencialidade uma busca sem limites, fundindo ética e estética, harmoniosamente conjugadas com os valores do humanismo cristão.
“Tardio” é o seu segundo livro de poemas, ora elipticamente narrados, ora presos em descrições cifradas. Move-se longe daquele confessionalismo escancarado que não deixa pedra por virar nem ponta por unir.
Dez anos depois do último romance, Rodrigo Guedes de Carvalho volta a responder ao apelo da literatura com “O Pianista de Hotel”, um romance admirável de intensidade sóbria, precisa e frequente que encontra na melancolia o seu timbre condutor
Como comportar-se à mesa? E debaixo dela? Como tirar macaquinhos do sótão de uma mulher ciumenta sem perder a compostura? Como livrar-se, com classe e num fósforo, de uma visita indesejada ou de um marido-obstáculo? A estas e outras questões de suma importância responde o “Manual de Etiqueta e Civilidade” de Vilhena, originalmente publicado em…
A “Os Lusíadas Para Gente Nova”, adaptados por Vasco Graça Moura, nada falta. Têm arte, engenho, a técnica, que vem render a musa clássica, e até uma “ilha do amor de cinco estrelas”, cheia de ninfas com “maminhas a saltar duas a duas/ Belos rabinhos, bocas de rubi”.
55 anos (acabados de completar) depois da morte de Júlio Dantas (1876-1962) e mais de um século passado sobre o Manifesto Anti-Dantas, ao sopro do seu nome continua a erguer-se um boneco saído do molde onde Almada verteu irreverência nunca vista e o veneno destrutivo de uma geração que tinha pressa.
Num tempo em que a cultura do efémero e do descartável ganha terreno sobre a memória literária, a editora Cavalo de Ferro publica novo romance de Ferreira de Castro, um dos mais populares escritores do século xx. Depois de “Emigrantes”, “A Selva” ou “A Experiência”, um dos mais subversivos textos do autor nunca antes publicado…
Num tempo em que a cultura do efémero e do descartável ganha terreno sobre a memória literária, a editora Cavalo de Ferro publica novo romance de Ferreira de Castro, um dos mais populares escritores do século xx. Depois de “Emigrantes”, “A Selva” ou “A Experiência”, um dos mais subversivos textos do autor nunca antes publicado…
Disperso, indisponível, esquecido, encaixotado no depósito da Biblioteca Nacional, Mário-Henrique Leiria está agora a renascer. Por partes, à boa maneira surrealista, e por iniciativa da E-Primatur, que acaba de publicar “Ficção”, o primeiro volume das “Obras Completas” do génio do surrealismo português.
A Mulher-Sem-Cabeça e o Homem-do-Mau-Olhado é o mais recente livro de Gonçalo M. Tavares e vem inaugurar uma nova série ficcional. Depois de O Bairro e O Reino, eis as Mitologias.
“Singularidades” é o título do novo volume de contos de A. M. Pires Cabral e caberia quase inteiro numa exigente antologia de histórias de proveito e sem exemplo.
Fechado há quase três anos, o Armazém das Artes reabre com a exposição “A Arca do Alquimista”
Com o seu novo romance, “Os Naufrágios de Camões”, Mário Cláudio oferece-nos um admirável puzzle narrativo a que não faltam peças que investem contra um Camões brônzeo e monumental
Criou peças de teatro, romances, crónicas, slogans publicitários. E a Guidinha, essa rapariga memorável, só aparentemente tonta, que não se cansou de apontar o dedo a uma sociedade em decomposição.
Publicado pela primeira vez em 1982, “O Livro Grande de Tebas, Navio e Mariana” conhece agora nova edição. Traz o selo da Porto Editora e a marca forte da temática viajante
Deste poeta-pintor sempre se pôde esperar o inesperado. Figura maior do Grupo Surrealista de Lisboa, insurgiu-se contra o seu próprio nome, recusando uma identidade socialmente imposta para se assumir enquanto poeta, para viver livremente em poesia