Assassinada na Venezuela filha de comerciante português durante sequestro

A filha de um comerciante português da área de panificação foi assassinada a tiro por homens armados, durante uma tentativa de sequestro ocorrida em Cúa (65 quilómetros a sul de Caracas), avançaram fontes da comunidade local à Agência Lusa.

Segundo as mesmas fontes, a tentativa de rapto do comerciante, José Manuel Gonçalves, de 56 anos de idade, teve lugar pelas 05:20, horas locais, de segunda-feira (10:50 horas em Lisboa), pouco depois de sair da sua residência, acompanhado pela filha, Stefani Gonçalves Nóbrega, de 22 anos de idade.

O comerciante pretendia levar a sua filha à estação de comboio, de onde viajaria para Caracas, com o intuito de assistir a aulas da cadeira de Comércio Exterior, na Universidade Alejandro de Humboldt, de Caracas.

O português foi intercetado por cinco homens fortemente armados, que tentaram obrigá-lo a parar a sua viatura (uma carrinha Chevrolet, vermelha) mas mesmo assim terá tentado avançar, tendo sido alvo de tiroteio por parte dos raptores, estando agora internado na Clínica Passo Real da vizinha localidade de Charallave.

Os tiros perpetrados pelos assaltantes acabaram por atingir a filha do comerciante português, que faleceu pouco depois de dar entrada na Clínica La Candelária, de Cúa.

Fontes da comunidade portuguesa dão conta de que o comerciante, proprietário da padaria Ultraman, levava todos os dias a filha à estação de comboio com o propósito de a proteger da criminalidade.

A insegurança é uma das principais queixas dos cidadãos residentes na Venezuela, afetando por igual tanto nacionais como a estrangeiros radicados no país, entre eles os portugueses.

Lusa/SOL