«não é impossível que este ato tenha sido realizado apenas por uma pessoa», disse o procurador, em conferência de imprensa, sublinhando que «as motivações desta tragédia podem ser de vários tipos».
no entanto, «ainda estamos muito longe da verdade», disse di napoli, acrescentando que o atentado ainda não foi reivindicado.
esta situação também é avançada por fontes ligadas à investigação, que dissipam a pista de que a máfia poderia ser a autora do atentado, que matou no sábado uma estudante e feriu mais cinco.
«é inútil desperdiçarem tempo connosco porque não temos nada a ver» com o atentado, disseram à polícia chefes da mafia, que se encontram detidos.
a pista atribuía a autoria do atentado à corona unita sacra, uma organização criminosa que água na região de apúlia, à qual brindisi pertence.
mas, segundo fontes ligadas à investigação, há uma «baixíssima possibilidade» de ser um ataque da máfia.
«a sacra corona unita, como nos disseram alguns arrependidos, está a tentar reconquistar o território após os últimos golpes, com prisões e condenações, e à procura de um consenso social que não será possível com assassinatos», asseguraram as mesmas fontes, citadas pela imprensa.
o magistrado anti-máafia piero grasso afirmou que o ataque foi «um acto de terrorismo, porque tinha como objectivo matar indiscriminadamente inocentes», algo que «não é típico da corona unita sacra».
as câmaras de um centro comercial, localizado próximo da escola onde ocorreu o atentado, gravaram um homem, que supostamente manejava um temporizador que poderia fazer explodir a bomba de fabrico artesanal, mas altamente sofisticada, composta por três garrafas de gás unidas a um detonador escondido numa lixeira próxima.
«temos boas imagens que podemos associar, com quase todas a certeza, ao atentado», disse o procurador mark dinapoli.
lusa/sol