para já não falar de que contrariou uma declaração do presidente da república feita nesse mesmo dia.
quero fixar-se só em dois aspectos. primeiro: como é que o primeiro-ministro avança medidas para 2013, antes de explicar como resolverá o falhanço da sua politica, ou das suas projecções, em 2012?
segundo aspecto: como é que o governo continua a considerar que as empresas têm direitos adquiridos, que não é possível tornear sem negociações e acordos, e não reconhece os mesmos direitos aos trabalhadores? ou quererá apenas entrar numa guerra sem quartel com os tribunais (mesmo que o constitucional não chumbe o oe 2013, tudo indica que os restantes tribunais tenderão a dar razão a processos interpostos por trabalhadores)?
passos esteve sempre contra a medida do bce que os seus consideram agora salvífica. terá de vir de fora a imposição de serenidade? mas a troika, apesar de algum dos seus elementos parecer mais aberto, não é capaz de desistir também das suas posições ideológicas, por muito que elas esbarrem na realidade.
panunciacao@sapo.pt