Retalho automóvel quer reabrir a 4 de maio

Pressão surge depois do mercado de vendas ter caído 85%. 

O setor do retalho automóvel está a preparar-se para reabrir a 4 de maio e vai ter “contactos com o Governo” nesse sentido, adiantou o secretário-geral da ACAP, Hélder Pedro. Este pedido surge depois de uma “paragem total do mercado, quer nos novos como nos usados”, e contabilizou uma queda de 85% neste momento.

O responsável, que participou num ‘webinar’ promovido pela associação e pelo Standvirtual, sobre a retoma do mercado automóvel no âmbito da pandemia de covid-19, adiantou que a ACAP “defende que o setor reabra a 4 de maio, no fim do estado de emergência, e vai lançar ainda hoje aos seus associados um protocolo sanitário” para que sigam as recomendações, facilitando a reabertura.

Hélder Pedro deu ainda conta de propostas de medidas, incluindo o regresso do programa de incentivo ao abate “para [veículos] novos e usados”.

“Achamos que o comércio de usados tem sido o mais afetado, a paralisação é total e é necessário que haja esse apoio. Pedimos a Bruxelas que recomende aos Estados-membros estes programas e que os fundos a transferir incluam uma parte para renovar o parque automóvel”, adiantou.

A ACAP reiterou ainda uma proposta feita ao Ministério das Finanças para a suspensão do IUC (Imposto Único de Circulação) para carros em ‘stock’.

“Neste momento ainda não há uma resposta concreta, mas foi-nos dito que havia a possibilidade de cancelar a matrícula no IMT [Instituto da Mobilidade e dos Transportes]. Mas isso tem um custo e demora”, alertou Hélder Pedro.

“Acho que é importante dar um sinal de retoma da economia. As fábricas de automóveis vão voltar já no final de abril e maio e em outros países já começaram. E o comércio tem que abrir também naturalmente. Pode haver até um aumento da procura e é importante que o setor abra em 04 de maio”, adiantou.