Cartas e diários de escritores, biografias, filosofia para leigos, História e um pouco de ficção: uma seleção pessoal de 14 títulos que vale a pena ler.
Como um tubarão ou um morcego, ficava louco com a visão e o cheiro do sangue.
A caminho de Nairobi, fez uma paragem em Copenhaga. A sintonia entre Beard e a baronesa foi imediata.
Kapuscinski gostava de contar que o seu pai tinha escapado ao massacre da floresta de Katyn.
A mulher tem ao seu dispor todos os instrumentos de que precisa para criar; mas parece tolhida por um estado mental incapacitante.
Iniciado nos anos 1920, o projeto parecia enguiçado e demorou mais de 40 anos a terminar, o que se coaduna com as características de Saturno, deus associado à lentidão. Mas estas atribulações, que para os autores foram certamente motivo de angústia, emprestam à obra uma aura mítica.
Presumo que, se me falava tão amiúde dos seus progressos e descobertas, era em parte porque eu estava desde o início intimamente ligado a estes projetos.
A Feira do Livro já começou e a oferta é tão variada que o difícil será escolher. Para ajudar, apresentamos sete obras recentemente publicadas, de um clássico chinês com 2500 anos ao relato tocante de um escritor que viu a morte de muito perto.
Füssli dizia que só de olhar para os campos húmidos pintados por Constable ficava com uma enorme vontade de ir buscar o sobretudo e o guarda-chuva.
Que melhor lugar para começar um passeio pela capital japonesa do que Shimbashi, o antigo bairro das gueixas?
Nos cerca de cem anos que ali estiveram, os portugueses deixaram uma marca assinalável no Japão. Mas há um outro contributo menos conhecido de que podem justamente orgulhar-se.
Não encontro a referência a Michael Koolhaas, mas encontro uma observação de Walser que se lhe aplica como uma luva: «O caminho direito conduz muitas vezes à injustiça, e o caminho injusto ao direito».
«Instalar-me!», disse um dia Albert Londres à sua filha. «Oh, a horrível pequena-burguesia! Ter móveis meus, um bom sofá […]; cortinas nas janelas para me cortar o horizonte!».
Em Coimbra, a palavra ‘japão’ designava «a massa de forasteiros» que ali afluía para assistir à Queima das Fitas. O feminino – japona – pode ser sinónimo de bebedeira.
Peguei numa borracha e atirei-me à minha tarefa com o mesmo afinco com que o sublinhador se atirara à sua. O papel era bom e aguentava as minhas investidas.
Num livro sobre o Japão desaparecido esperar-se-ia encontrar referências ao ritual do chá, às gueixas, aos templos ancestrais, às pedras, às montanhas e aos rios – não a luzes fluorescentes, a salões de pachinko e a emaranhados de cabos elétricos que desfiguram as cidades.
A primeira impressão ao lermos alguns escritos de Adília Lopes pode ser de que estamos perante uma redação da quarta classe.
Porque têm os japoneses, ainda hoje, tanta relutância em demonstrar publicamente os seus verdadeiros sentimentos? A resposta está na proverbial crueldade dos seus castigos.
Porque têm os japoneses, ainda hoje, tanta relutância em demonstrar publicamente os seus verdadeiros sentimentos? A resposta está na proverbial crueldade dos seus castigos.