Desde os tratados da Grécia clássica à Interpretação dos Sonhos de Freud, o homem tentou apreender a significação do seu estado diurno a partir dos sinais do estado nocturno.
“Apresentação do Rosto”, livro publicado em 1968 e que viria a ser renegado, com o autor a decompô-lo e alimentar-se dele ao longo de décadas e em obras posteriores, regressa agora às livrarias por decisão da viúva, que assim lhe desfigura o retrato nos seus movimentos e na veemência das suas rejeições e silêncios.
No dia em que se assinalam os cem anos do nascimento de Sophia de Mello Breyner, recordamos a poeta.
Em ano de centenário, o calendário ficou tapado de iniciativas que evocam a poeta, e há pela primeira vez uma biografia que lhe é dedicada. Se esta pouco faz para aprofundar a leitura da obra, dá peso aos combates que Sophia travou na esfera pública.
O editor da Hiena morreu na sexta-feira passada, aos 64 anos, vítima de aneurisma. Deixa um catálogo tão urgente e vivo como sempre, cartas trocadas entre trincheiras, que continuarão a fazer outros leitores, garantindo essa minoria que, contra todas as probabilidades, recusa o veneno da esperança e nem por isso desmobiliza.
Quase 900 anos a dar com a língua nos dentes e o português é ainda um idioma bastante púdico, envergonhado, com dificuldade em deixar os rodeios e passar ao que interessa.
“Poemas canhotos”, o último livro de Herberto Helder, autor falecido em Março passado, é publicado na próxima sexta-feira, anunciou hoje a Porto Editora, que chancela a obra.
Regresso do último adeus a um amigo muito querido, Tolentino de Nóbrega, e aproveito a sugestão do título da última crónica da Inês Pedrosa aqui no SOL, Elogio da amizade, para propor um Elogio da resistência: da resistência contra o tempo, contra as adversidades e prepotências dos tempos, contra a morte – enfim. Porque só…
Religiosos têm sido os maiores poetas portugueses”. António Quadros defendeu esta ideia em 1979, num texto de evocação de José Régio, a quem atribuía o pódio do génio poético português no século XX, a par de Teixeira de Pascoaes e Fernando Pessoa. É impossível saber se, porventura vivo, o filósofo estenderia hoje a graça a…
É difícil que o mistério sobre o que foi a vida de Herberto Helder se esfume completamente. Não colaborou com as tentativas biográficas, não corrigiu, não emendou, não deu pistas, não falou com jornalistas, recusou encontros com os leitores, prémios, mundanidades. Considerado quase unanimemente o maior poeta da segunda metade do século XX – e…
Foi no n.º 284 da Rua da Carreira, no Funchal, que, a 23 de Novembro de 1930, nasceu Herberto Helder.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, manifestou hoje “tristeza” pela morte do poeta Herberto Helder, afirmando que era “um verdadeiro mestre da língua portuguesa” e que deixa “um precioso legado de obra poética e de reflexão literária”.
O secretário-geral socialista, António Costa, e o PS manifestaram hoje “profundo pesar” pela morte do poeta Herberto Helder, considerando trata-se de uma “imensa perda” para a cultura portuguesa e de um dos maiores poetas de sempre.
O Presidente da República lembrou hoje o poeta Herberto Helder como “nome cimeiro da cultura portuguesa”, sublinhando a forma como a sua escrita marcou a literatura portuguesa das últimas décadas.
Várias pessoas reagiram à morte de Herberto Helder. Entre elas está o professor universitário, crítico e ensaísta Manuel Frias Martins, conhecedor da obra do poeta falecido na passada segunda-feira, aos 84 anos.
O poeta Herberto Helder morreu esta segunda-feira, aos 84 anos, na sua casa em Cascais.
Considerado um dos maiores poetas portugueses, Herberto Helder, que morreu segunda-feira aos 84 anos, deu a sua última entrevista em 1968 e recusou o Prémio Pessoa na década de noventa, rejeitando quase sempre o mediatismo literário.
O poeta Herberto Helder morreu esta segunda-feira, em Cascais, aos 84 anos.