Parecia algo nervoso, mas era só aparência. Mediu bem as palavras e nas mais de duas horas de entrevista nunca se irritou, mesmo quando foi picado com coisas pessoais. Reafirma que teria escrito o livro de novo, embora se sinta incomodado com o terramoto que provocou. Acha que os políticos não vão deixar de lhe…
Pedro Passos Coelho justificou o seu pedido a José António Saraiva para ficar “desobrigado” de apresentar o livro ‘Eu e os Políticos’ com o facto de não querer ficar associado a discussão que mistura política e vida íntima e privada.
O presidente do PSD pediu ao ex-diretor do “Expresso” e do “SOL” que o desobrigasse de apresentar o polémico livro “Eu e os Políticos”. José António Saraiva aceitou
O ex-primeiro-ministro alegou que as questões privadas e pessoais tratadas no livro “Eu e os Políticos” o fizeram mudar de ideias.
Ao fim de cinco semanas de penosas negociações, a esquerda está exatamente no ponto em que estava no dia 5 de outubro: o PCP e o BE comprometem-se a viabilizar um Governo do PS, mas não se comprometem com mais nada.
Fui educado numa família onde se discutiam ideias. Ouvi muitas vezes os meus pais e os meus tios discutirem acaloradamente sobre política ou literatura. Mas nunca os ouvi a discutir sobre benesses ou luxos próprios.
À partida – e se não aparecer uma candidatura-surpresa, como a de Fernando Nogueira, por exemplo – a direita tem três candidatos pre- sidenciais possíveis: Marcelo Rebelo de Sousa, Pedro Santana Lopes e Rui Rio.
Quando entrei no Claustro dos Jerónimos, seriam 10 da manhã do dia 12 de Junho de 1985, julgo que na mesa comprida que ocupava um dos lados já estavam sentados os protagonistas maiores da cerimónia. A mesa estava coberta por uma toalha vermelha e atrás dela alinhavam-se Jacques Delors, o presidente da então Comunidade Económica…
Numa entrevista a uma cadeia de televisão francesa, perguntaram-me se seria possível em Portugal um fenómeno do tipo Syriza ou Podemos. Não tive muitas dúvidas na resposta: «Há condições para isso acontecer, mas não há qualquer hipótese de se concretizar».
Em 2004, Cavaco Silva publicou no Expresso, de que eu era director, um artigo que me entregou pessoalmente a mim e se revelaria bombástico. Era sobre a boa moeda e a má moeda, e pretendia ser uma metáfora ao Governo de Santana Lopes. Dizia Cavaco que, em períodos de crise, a boa moeda tende a…
Tenho escrito com alguma frequência sobre os sinais de decadência da civilização ocidental. Foi uma civilização que engordou, aburguesou-se e perdeu o nervo. Esses sinais de decadência são, em geral, comuns a outras civilizações em iguais períodos. No declínio do Império Romano verificaram-se muitos dos sintomas que hoje observamos nos corpos doentes das nossas sociedades:…
Paulo Rangel, o cabeça-de-lista da coligação PSD/CDS nas europeias, diz que as próximas eleições serão sobretudo um teste à liderança de António José Seguro.
Foi este o slogan mais bonito que surgiu neste fim de época do Benfica. Tem uma boa sonoridade e até um certo sentido poético.
É frequente, ao assistirmos a uma final europeia entre equipas estrangeiras, ficarmos no fim com uma sensação de injustiça. Sentirmos que não ganhou a melhor equipa, a que fez mais pela vitória, a que criou mais ocasiões, a que praticou um futebol mais vistoso.
O futebol está cheio de imponderáveis. É o penalti que o árbitro marca ou não marca. É o remate que sai por cima ou entra milagrosamente no ângulo. É a tabela que sai perfeita e dá golo ou é desviada pela ponta da bota do adversário. É o guarda-redes que dá o corpo à bola…
“Só os burros não mudam” – dizia um dia Mário Soares para justificar mais uma das suas regulares mudanças de opinião.
Os clássicos com o Benfica costumam ser dias de festa no Porto. Umas semanas antes do jogo, já os adeptos portistas andam a afiar o dente, na expectativa de darem umas boas dentadas no rival. E em geral conseguem-no. Ainda perduram na memória os 5-0 com que Villas-Boas brindou Jesus. Já para não falar na…
Há dois anos, a vitória do Benfica na Taça da Liga teve sabor a funeral. O clube acabava de perder o título para o FC Porto, e aquele triunfo aparecia como um ‘prémio de consolação’. E como os grandes clubes não gostam deste tipo de prémios, houve jogadores perseguidos e insultados depois de terem ganho!…