O ministro dos Negócios Estrangeiros justificou a mudança dos planos russos com a chegada de armamento de longo alcance vindo da NATO.
“No Kremlin e no sistema penitenciário há gente divertidamente astuta. Acreditam que são os reis do engano. Não me deixam ligar nem à minha esposa nem à minha mãe”, disse Navalny, numa mensagem publicada através do Telegram.
No fim de semana em que Moscovo assumiu o controlo total do Leste da Ucrânia, uma cidade russa foi, pela primeira vez, alvo de explosões em zonas de habitação civis.
Carvão, metais, materiais de construção ou tecnologia já não chegam a este enclave russo através da Lituânia. O Kremlin está preocupado com o quartel-general da sua frota do Báltico e promete retaliar.
“Os investidores estrangeiros não são só dos EUA e UE”, lembrou o Kremlin. Mas a guerra está para durar, a relação com a China já teve melhores dias e a Índia tenta depender menos de armamento russo.
O Kremlin mostra-se nervoso com o envio de lança-mísseis de longo alcance para a Ucrânia. Os M142 Himar, com um incrível alcance de até 80km, podem mudar o equilíbrio de forças no Donbass, onde a guerra virou duelo de artilharia.
Os ucranianos optam por movimentar constantemente a artilharia, enquantos guerrilheiros de Melitopol levam a cabo assassínios e sabotagem.
Não há saída à vista para o bloqueio à exportação de cereais ucranianos. Tendo Kiev avisado que a proposta de um corredor marítimo russo podia servir como esquema para se esgueirarem no porto de Odessa.
O Kremlin precisa desesperadamente de vitórias. E a queda desta cidade, mais a sua gémea, Lysychansk, da outra margem do rio Donets, permite-lhe celebrar a tomada de Lugansk. As rotas de fuga de Severodonetsk, cujo cerco é comparado a Mariupol, estão em risco.
De acordo com o Meduza, um futuro sem o presidente está “cada vez mais a ser discutido”, e até há conversas sobre potenciais sucessores “nos bastidores do Kremlin”.
Portugal agora junta-se à lista de países cujos diplomatas foram obrigados a sair da Rússia. Entre estes estão França, Espanha e Itália que ontem foram informados da expulsão de dezenas de funcionários das suas embaixadas naquele país.
Autoridades russas expulsaram diplomatas de Itália, França, Espanha e Finlândia.
Mariupol será palco de marchas do Dia da Vitória, diz Kiev. Retiram-se destroços, corpos e bombas das ruas, enquanto defensores, traídos por um eletricista, combatem nos túneis de Azovstal.
O Papa Francisco mantém as portas abertas ao diálogo com o Kremlin, à semelhança de João Paulo II durante a Guerra Fria. Mas há quem o acuse de ter uma posição mais comparável à de Pio XII durante a II Guerra Mundial.
“Qualquer transporte da Aliança Atlântica que chegue ao país com armas ou meios para as forças armadas ucranianas será visto por nós como um alvo legítimo para ser destruído”, avisa o Kremlin.
Ministro russo afirma que piores antissemitas da história são judeus. Governo israelita convocou embaixador russo para prestar esclarecimentos sobre “declaração imperdoável e ultrajante”.
Nestes dois meses desde a invasão, Putin não teve grandes vitórias a apresentar. E aposta tudo no Donbass.
Os ucranianos tentam impedir que as suas forças sejam cercadas no Donbass. Mas aqui não contam com uma população tão mobilizada contra a invasão russa, até pelo contrário.