o tecto imposto pelo primeiro-ministro é quase uma missão impossível. na apresentação que tinha preparada para fazer no iseg – que foi travada, na véspera, pelo ministro da economia santos pereira e acabou por levar à sua demissão – o ex-secretário de estado, henrique gomes, deixava um sério aviso: com os contratos actuais, se nada fosse feito para os rever em forte baixa, «o crescimento global dos preços de electricidade não será inferior a 11%».
assim, o seu sucessor – artur trindade, saído do regulador e participante activo nas negociações que decorrem das exigências da troika – tem em mãos uma dupla e árdua missão: convencer as empresas, sobretudo a edp, a aceitarem uma subsidiação muito menor dos contratos assinados. e, com isso, mostrar que o governo não vai ceder ao poder das empresas.
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*com helena pereira