O projecto U-Multirank , lançado esta terça-feira, promete ser diferente dos múltiplos rankings internacionais que avaliam o ensino superior. O projecto avalia 850 universidades em todo o mundo, tendo em conta áreas específicas de estudos e usando como um dos parâmetros de avaliação a opinião de 60 mil estudantes que frequentam estes estabelecimentos de ensino.
O desempenho da investigação académica, a qualidade de aprendizagem e ensino, a orientação para um ambiente internacional, as parcerias com o mercado de trabalho e as empresas e o envolvimento com as realidades regionais são factores tidos em conta para a posição neste novo ranking das universidades.
O U-Multirank faz uma apreciação global das instituições, mas oferece também informação específica sobre áreas do conhecimento, com o objectivo de tornar mais fácil aos estudantes escolherem a universidade que mais se adequa ao seu perfil e objectivos.
Estudos económicos, engenharia mecânica e física são algumas das áreas apreciadas pelo ranking em 2014. Para o ano, serão acrescentadas a esta lista de análise as áreas de psicologia, ciências informáticas e medicina.
A avaliação em cada parâmetro é feita de A (muito bom) a E (fraco), tendo 95% das universidades avaliadas neste primeiro ranking obtido nota máxima em pelo menos um parâmetro. Apenas 12% conseguiram um A em 10 parâmetros.
Das 850 universidades analisadas, 62% são europeias, 17% estão na América do Norte, 14% na Ásia e 7% Oceania, América Latina e África.
O projecto recebeu dois milhões de euros de financiamento comunitário e foi aplaudido pela comissária europeia para a Educação Androulla Vassiliou como “um desenvolvimento importante” para o ensino superior na Europa.
Para Androulla Vassiliou, este novo ranking vai permitir destacar universidades que ficam muitas vezes foram das avaliações mais tradicionais, por não estar tão concentrado nos resultados da investigação académica, tendo em conta outros parâmetros de desempenho.
“O U-Multirank vai permitir aos estudantes fazer escolhas mais informadas”, considera a comissária europeia, lembrando que figuram neste ranking 300 instituições que nunca antes tinham sido consideradas neste tipo de avaliações.