Elogiou Assis por uma campanha que resistiu a quezílias e que levou a que a vontade de mudança se tenha "entranhado nos portugueses". E elogiou a "rica lista" com gente, como Silva Pereira, que "não se ajoelha" e defende os interesses dos portugueses.
Vieram depois os ataques ao Governo. "O que este primeiro-ministro tem feito em Bruxelas não é defender os portugueses é agachar-se perante os interesses estrangeiros". Violenta assobiadela para Passos Coelho.
"Encontram aqui alguma razão para votar no partido do Governo?", perguntou Seguro. Os presentes na sala encontraram motivos para insultar o primeiro-ministro quando Seguro enumerou polîticas de austeridade. "Gatunos" "rua!", ouviu-se.
Seguro dirigiu.se aos pensionistas e à classe média, pedindo o voto no domingo, contra "um governo que engana" e "que merece uma enorme derrota".
Pediu aos socialistas para um "derradeiro esforço" para levar outros portugueses a votar. Dando o mote, revelou uma conversa esta tarde com uma mulher no Rossio que disse que ia votar pela primeira vez no PS. A mensagem era clara: há que convencer eleitores de outra áreas polîticas "para conseguir uma grande vitória".
Assis ataca PCP, Costa em vîdeo
Francisco Assis, falando antes do lîder, gastou parte do tempo a fazer uma análise da situação europeia (houve assobios para Durão Barroso) e a pedir o voto para Martin Shultz, o candidato socialista a dirigir a Comissāo Europeia. Porque Assis não quer ter de olhar para os EUA para ver um político de esquerda no poder — o presidente Obama.
Atacou a CDU e BE, que querem "ver Portugal fora da Europa". Um caminho "que teria consequências trágicas para o povo português". Apupos para o PCP "que se esqueceu demasiadas vezes de atacar este governo" e atacou o PS.
Assis elogiou Seguro por ter "tido a coragem" de apresentar 80 medidas de governo. A alternativa é importante: "nós não podemos cometer os erros deste governo".
Um governo que usou a troika para tentar subverter a Constituição. "Não contava com a resistência do Tribunal Constitucional", um órgão que funcionou muito bem", disse, provocando um entusiasmado aplauso.
Veio depois o apelo ao voto que vale "como uma moção de censura ao Governo". E um elogio a Seguro que "foi moderado quando o devia ser" resistindo a apelos extremistas mas foi firme em outros momentos como devia. Seguro também fez bem em não ter "cedido aos cantos de sereia" do convite de Cavaco Silva para o compromisso com a direita, que teria sido negativo para o país.
"Não estamos a olhar para o passado com melancolia", garantiu Assis, que terminou o discurso dizendo que António José Seguro será o próximo primeiro-ministro de Portugal.
No comício foi exibido um vídeo de António Costa. "É a primeira vez em 40 anos que não estou presente num encerramento de campanha" lamentou, explicando que tinha de estar num jantar de recepção à final da Liga dos Campeões. Mas deixou o apelo: "Um grande resultado é fundamental para mudar a Europa e começar a mudar Portugal"
Antes, Marcos Perestrello, líder da federação de Lisboa do PS, fez o apelo ao voto útil. "Só o PS pode provocar a mudança", disse, atacando os partidos mais à esquerda. Houve referências a Junker, que comparou a liberdade de pessoas na UE à liberdade de capitais e mercadorias, levando os socialistas a assobiar o candidato da direita a presidente da Comissáo Europeia. Também a Paulo Rangel, "que nāo se soube defender dos ataques e andou a fazer queixinhas" . "É o menino Tonecas da política portuguesa" ' rematou, provocando risos.
A sala do cinema S. Jorge estava pintada de azul com a palavra "Mudança em destaque. Os cerca de 500 apoiantes socialistas levantaram cartolinas com o slogan e agitavam bandeiras de Portugal. "Obrigado Lisboa, domingo vamos ganhar" , disse o speaker.