Passos aponta baterias ao PS

No balanço das europeias, Pedro Passos Coelho destaca a importância de reflectir sobre a abstenção.

Passos aponta baterias ao PS

"O resultado que alcançamos é claramente insatisfatório", assumiu Passos no Conselho Nacional do PSD, num discurso marcado sobre a reflexão sobre a abstenção.

"Precisamos de alargar este resultado porque isso é decisivo para o nosso país", declarou, sem perder a oportunidade de lançar recados ao PS e ao PCP.

Passos Coelho fez questão de lembrar a "irresponsabilidade das contas públicas" dos governos socialistas e o "discurso vazio" dos partidos que estão contra a Europa – como o PCP – ou, como o PS, assinaram um Tratado Orçamental que agora questionam.

O primeiro-ministro quer ter "mais do que mobilização" . Quer que os portugueses percebam a necessidade das políticas do Governo.

"Não fizemos aquilo que a troika impôs. Fizemos o que tínhamos de fazer", afirmou Passos, que acredita que "outros teriam de fazer o mesmo, resta saber se conseguem".

"Podemos precisar de comunicar melhor", afirma, admitindo que "podem os membros do Governo ter de ter mais tempo para atender telefonemas ou os deputados para atender pessoas e associações".

Com ironia, Passos reconheceu até que pode ter de dar mais respostas a jornalistas que já decidiram o que vão escrever, mas sublinhou a importância de seguir um rumo reformista que "não é o de repor tudo".

margarida.davim@sol.pt